Aeroporto de Petrolina (PE) completa 35 anos nesta sexta-feira.

Imagem: Divulgação/Infraero
Imagem: Divulgação/Infraero

Caixas de manga, uva e mamão colhidas das terras do Vale do São Francisco estão entre as principais cargas que semanalmente decolam do Aeroporto de Petrolina/Senador Nilo Coelho (PE) para comercialização na Europa. Essa operação é realizada graças à presença do maior terminal de logística de cargas refrigeradas do país instalado no aeroporto, que completa 35 anos de operação nesta sexta-feira (28).

Essa movimentação é possível também em virtude de várias melhorias realizadas, em 2004, pela Infraero. A pista de pouso e decolagem passou a ter 3.250 metros, uma das maiores do Brasil e a segunda maior do Nordeste, apta assim a receber grandes aviões cargueiros com capacidade de até 110 toneladas. As salas de embarque e desembarque do terminal de passageiros passaram por uma modernização em 2013. No caso do embarque, o espaço mais do que dobrou de tamanho, passando de 307 m² para 788 m² na sala de embarque. Já o desembarque, mais do que triplicou, saindo de 235 m² para 777 m², ampliando assim a capacidade de atendimento, que passou para 1, 5 milhão de passageiros por ano.

No ano passado, mais de 455 mil pessoas passaram pelo aeroporto, que se integrou à Rede Infraero em 1981. Até então estava sob jurisdição do Ministério da Aeronáutica desde 1958. Em 2002, ganhou o atual nome em homenagem ao político petrolinense, que foi secretário estadual de Fazenda; deputado estadual e federal; governador e senador por Pernambuco.

Imagem: Divulgação/Infraero
Imagem: Divulgação/Infraero

Destinos e Facilidades

A movimentação média diária é de seis pousos e decolagens comerciais regulares, de três companhias aéreas (Avianca, Azul e GOL). Os destinos dos voos que partem de Petrolina são: Campinas (SP), Guarulhos (SP), Recife (PE) e Salvador (BA). O sítio aeroportuário compreende em uma área de 4,12 milhões de m². O aeroporto está localizado a 12 quilômetros do centro da cidade e a 10 quilômetros da rodoviária.

Os passageiros e frequentadores do terminal contam com restaurante, lanchonetes, loja de vinhos e artesanato, locadoras de veículos, caixas eletrônicos, posto da Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco). Em todos os banheiros há box acessível a pessoas com deficiência e dificuldade de locomoção, localizados no embarque, desembarque e saguão do terminal de passageiros, que também conta com fraldário no banheiro feminino.

Ainda na questão da acessibilidade, o terminal é dotado de rampas nas calçadas, piso tátil da calçada até o balcão de informações da Infraero e balcões adaptados, inclusive em lojas de concessionários. Para quem necessita de transporte, há uma cooperativa de táxi cadastrada. O aeroporto funciona 24 horas e conta com uma área de estacionamento para veículos, que é pública, com 75 vagas em frente ao terminal e mais 200 em estacionamentos provisórios.

Imagem: Divulgação/Infraero
Imagem: Divulgação/Infraero

Logística

Somente no primeiro semestre deste ano, foram mais de 1,12 milhão de toneladas de frutas enviadas para Luxemburgo e para Acra, capital de Gana, na África. Para o recebimento dessas cargas, há seis câmaras frigoríficas com capacidade de armazenamento de 17 mil caixas cada uma e dois túneis de resfriamento. Os resultados acumulados nestes primeiros seis meses indicam um aumento de 70%. No primeiro semestre de 2015 o Teca de Petrolina exportou 660.050 toneladas.

Para o superintendente do aeroporto, Moyses Barbosa, “esse crescimento mostra que a estrutura está preparada para atender às demandas de exportação de frutas da região. É um equipamento primordial, visto que essas cargas representam uma parte do que é produzido no Vale, tornando o terminal uma das principais portas de saída para o mercado internacional”. Ele avalia que essa infraestrutura adequada representa uma grande contribuição para o desenvolvimento de toda a região.

O Terminal de Logística de Carga (Teca) de Petrolina foi inaugurado em 1995. Em 2000, recebeu a habilitação para pousos e decolagens de aeronaves destinadas ao transporte de cargas internacionais, onde foi alfandegado por seis meses, passando a título permanente em 2002.

A gerente Comercial e Logística de Carga, Katiuscia Ribeiro, lembra que, atualmente, os produtos exportados na região são exclusivamente frutas, em sua maioria procedentes do Vale do São Francisco, consagrando a região como a maior exportadora de manga e uva do Brasil, com percentuais acima de 90% para cada uma. “Esse crescimento deve-se ao aumento das frequências, pois, no mesmo período, ocorreram 12 operações em 2015. Já em 2016 foram 21, representando 75% a mais dos voos da cargueira Cargolux Airlines International, que opera com uma frequência regular semanal”, lembra Katiuscia, numa referência à comparação do primeiro semestre de 2015 com o mesmo período de 2016.

História

O terminal foi construído pela prefeitura com o intuito de apoiar o Correio Aéreo Militar, que, em fevereiro de 1933, fez sua primeira aterrissagem no aeroporto.

Com o avanço do processo de urbanização, houve a necessidade, por questões operacionais e de segurança, de se mudar o local do terminal. Em virtude do potencial socioeconômico da região, motivou-se a construção de um novo aeroporto de grande porte, que teve seu projeto elaborado em 1974 pelo II Comar (Comando Aéreo Regional) e a Comara (Comissão de Aeroportos da Região Amazônica).

 
Da Assessoria de Imprensa da Infraero.
 

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias