Após 48 anos, El Al se despede hoje do jumbo Boeing 747

A El Al Israel Airlines faz hoje, 3 de novembro de 2019, o derradeiro voo do seu Boeing 747 em sua história, depois disso, ele será aposentado pela empresa do Oriente Médio, mas seu futuro ainda é incerto – ele pode seguir para um desmanche, ser estocado no deserto ou ir para outra empresa aérea.

Esse voo especial decola do Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Roma para Tel Aviv às 10h da manhã na hora local da Itália e tem pouso estimado em Israel às 15h45 locais. O número do voo será o LY1747 e o avião da despedida é o 4X-ELC.

Atualização – o avião estava em rota, desceu pra 10.000 pés e iniciou um desenho no céu do Mediterrâneo. Após 1h45, um Boeing 747 estava desenhado, em tributo ao último dia do jumbo na empresa.

Modernização da frota

Ao longo de sua história a empresa operou um total de 26 aeronaves do modelo 747 e foi, inclusive, uma das primeiras empresas aéreas do mundo a encomendá-lo à Boeing, desde as primeiras versões. No total, foram 48 anos operando o 747, especificamente, o Boeing 747-400 operou na empresa nos últimos 25 anos.

A aposentadoria da frota de 747 da El Al faz parte de um plano de modernização que foi concebido antes do início do início da chegada dos Boeing 787 em 2017. Em um comunicado à imprensa anunciando a compra dos Dreamliners, o presidente e CEO da El Al, David Maimon, disse:

“Tenho orgulho de anunciar que, após um ano e meio das principais preparações de todos nós da EL AL, em antecipação à chegada do novo Dreamliner, a EL AL está embarcando em uma nova era. A chegada prevista da nova aeronave 787 será o pico do momento de renovação da EL AL, criando uma revolução na experiência do cliente em todas as interfaces de voo.”

Quando você olha para a idade dos Jumbos da El Al e o dinheiro necessário para mantê-los no ar, não é surpresa que a empresa aérea e outras companhias que operam o 747 os substituam por jatos bimotores. De acordo com o ex-vice-presidente da Boeing, Raymond Conner, agora aposentado, ao voar entre Tel Aviv e Nova York, o Dreamliner utilizará 47% menos combustível que o 747. “O progresso não espera por ninguém”, disse ele na ocasião.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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