BOEING prevê triplicação da demanda por aeronaves na América Latina em 20 anos.

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A expansão das economias latino-americanas e o consequente aumento no tráfego de passageiros será um dos motores propulsores do mercado de aviação comercial nos próximos anos, segundo a Boeing. A companhia prevê que até 2035 as empresas aéreas da região precisarão de cerca de 3.050 novas aeronaves avaliadas em US$ 350 bilhões, o que equivale ao triplo da atual frota operando na região. Atualmente, a Boeing registra 260 pedidos de aeronaves na América Latina.

“No longo prazo, as economias da América Latina vão crescer mais rápido do que o restante do mundo. Este crescimento criará um aumento do fluxo de passageiros que estimulará as companhias aéreas a expandir e competir por negócios que têm sido tradicionalmente dominados por operadores estrangeiros”, avalia Donna Hrinak, presidente da Boeing para a América Latina.

Para atender ao aumento do tráfego de passageiros, a Boeing prevê que a região vai precisar de mais de 2.500 novos aviões de corredor único, refletindo o crescimento contínuo das companhias aéreas de baixo custo e maior oferta de conexões na região. Por outro lado, a demanda por aeronaves de fuselagem larga será de 340 novos aviões, em resposta ao movimento das companhias aéreas locais de oferecerem voos de longa distância. Atualmente, mais de dois terços dos embarques de aviões de dois corredores na América Latina são realizados com aeronaves Boeing.

Paralelamente, a renovação de frotas antigas será mais um fator a impulsionar a venda de aviões comerciais na região. Apesar de América Latina e Caribe contarem com uma frota mais jovem que a média mundial – desde 2005, a idade média baixou de 15 para dez anos – a região passa por um ciclo de substituição que deve ser mantido, uma vez que quase 60% da frota atual deve ser substituída nas próximas duas décadas.

Algumas das companhias aéreas que expandiram sua frota na América Latina foram LATAM, Avianca e Aeromexico, que ao incorporaram aeronaves 787 Dreamliner puderam inaugurar novas rotas e atender novos mercados. Recentemente a Aeromexico começou a operar voo sem escala da cidade do México a Tóquio, trecho que antes não era possível ser feito sem uma parada para reposição de combustível.

Em iniciativa similar, em 2015 a LATAM realizou a primeira missão do mundo de um 787 com certificação ETOPS acima de 180 minutos, saindo de Santiago, no Chile, para Auckland, na Nova Zelândia. Ainda neste ano, a LATAM deve utilizar a mesma rota com certificação ETOPS acima de 330 minutos, reduzindo o tempo de voo em 90 minutos e economizando até 2.500 galões de combustível por viagem.

Segundo a Boeing, as capacidades do 787 Dreamliner possibilitarão às companhias latino-americanas viabilizar mais conexões ponto a ponto em regiões remotas do mundo, o que resultará na expansão de seus negócios e clientes globalmente. “Os produtos da Boeing continuarão a ajudar os nossos clientes na América Latina a obter sucesso em um mercado competitivo e com enorme potencial”, finaliza a presidente da Boeing para a América Latina.

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