Conferimos um treinamento de combate da Força Aérea Brasileira (+100 Fotos)

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Já imaginou um combate em que é preciso abater o inimigo sem conseguir enxergá-lo? Com o uso de radares de longo alcance, que localizam aeronaves a quilômetros de distância, os pilotos de caças F-5M Tiger da Força Aérea Brasileira (FAB) treinam em combate BVR (do inglês Beyond Visual Range).

Com grande orgulho aceitamos o convite da Força Aérea Brasileira para acompanhar uma parte da Operação BVR II (“Beyond Visual Range”), que acontece na Base Aérea de Anápolis, Estado de Goiás, entre os dias 25 de agosto de 12 de setembro de 2015.

Nesse período, caças do modelo Northrop F-5 pertencentes aos diversos esquadrões de combate da FAB, simulam combates baseados em doutrinas desenvolvidas e aplicadas nas operações da OTAN. Ao todo são 22 aeronaves de caça e mais uma aeronave capaz de fazer o abastecimento dos caças em pleno ar, apelidada de”BARÃO”.

Em média, são 45 saídas por dia. Dois países fictícios simulam um cenário de guerra envolvendo esquadrões das aviações de caça, reconhecimento e transporte. São realizadas missões de defesa aérea, controle e alarme em voo, reabastecimento em voo (REVO) e escolta. Todo esse trabalho visa ao cumprimento da missão da FAB de manter a soberania do espaço aéreo nacional com vistas à defesa da pátria.

Com o uso de radares de guerra eletrônica nas aeronaves é possível aplicar as técnicas de combate BVR, que são divididas em cinco fases: detecção, aproximação, manobra, ataque e desengajamento. A apuração dos dados dos equipamentos de inteligência e rastreamento, além da pronta resposta da tripulação em atacar ou fugir do inimigo, estão entre as táticas aprimoradas no exercício, idênticas às utilizadas em unidades aéreas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como mencionado acima.

O exercício cria inúmeros cenários de conflito, que se modificam permitindo evolução e aprimoramento das técnicas treinadas pelas tripulações. Todo o trabalho é coordenado pela Terceira Força Aérea (III FAE), unidade da FAB responsável por gerenciar todas as unidades aéreas de caça e reconhecimento.

Terminado o ‘conflito’ são apurados os vencedores e as aeronaves retornam à base. Conhecemos de perto e sentimos a emoção de uma operação como essa. Confira tudo nas fotos feitas pelo Ícaro Roberto.

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