A South African Airways (SAA) afirmou na quinta-feira que o princípio de “não trabalha, não paga” será aplicado aos funcionários que participarem da greve programada para começar na sexta-feira, 15 de novembro, e os que se apresentarem em serviço estarão autorizados a trabalhos.
“Aqueles que participarem da ação de greve não poderão voltar ao trabalho até que a greve termine”, disse Martin Kemp, gerente geral interino de Recursos Humanos da SAA. “O restante dos funcionários que se apresentarem em serviço terão permissão para trabalhar”, continuou ele.
Voos para o Brasil estão cancelados
A SAA cancelou todos os seus voos domésticos, regionais e internacionais agendados para sexta-feira, 15, e sábado, 16, para minimizar o impacto de interrupções para seus clientes. Isso inclui o voo diário que a empresa tem para São Paulo partindo de Joanesburgo, para tal os passageiros são orientados a procurar o agente de viagens ou o canal de contato da companhia.
Os funcionários foram avisados de que qualquer intimidação ou agressão de outros funcionários, danos à propriedade da SAA ou atos de má conduta serão tratados de forma decisiva. As regras de piquetes serão aplicadas e serão publicadas nos locais de piquetes ”, disse Kemp.
A SAA tentou dissuadir os sindicatos de iniciar a ação, fornecendo datas firmes de compromisso com a oferta da SAA de aumento de 5,9%. As discussões continuam para resolver a disputa salarial.
Como está a South African hoje
Passando por uma crise sem precedentes em sua história, a SAA carrega sete anos consecutivos de prejuízos acumulados. Isso obrigou a empresa a reduzir grandemente sua frota e deve também fazer com que reduza 23% de seus voos.
Desde junho de 2017, suas linhas de financiamento têm ficado escassas, com os bancos não querendo emprestar mais recursos a uma empresa tão frágil. Com isso, o governo tem tido que arcar com os prejuízos e já injetou mais de US$ 400 milhões na empresa, que continua com uma necessidade de capital.
Ccom 85 anos, a South African Airways é a transportadora estatal de bandeira da África do Sul que conecta mais de 40 destinos locais e internacionais na África, Ásia, Europa, América do Norte, América do Sul e Oceania a partir de sua base, utilizando uma frota de 47 aeronaves. O grupo emprega mais de 10.000 pessoas.
Recentemente, a empresa conseguiu atingir a incrível marca de 50 anos ininterruptos operando para o Brasil, disponível na matéria abaixo: