Empresa paquistanesa admite levar passageiros-extra nos corredores do avião.


A empresa nacional do Paquistão, PIA, está investigando como sete passageiros-extra foram permitidos de embarcar e voar nos corredores da aeronave, durante o voo PK413, para a Arábia Saudita.




O caso ocorreu no dia 20 de janeiro em um voo entre Karachi e Medina. No total, 416 passageiros foram autorizados a embarcar, enquanto que a aeronave, um Boeing 777 de matrícula AP-BID, tem capacidade para 409 (contando com os assentos de tripulação).

Segundo um trabalho de investigação do jornal Dawn, foram descobertos vários bilhetes de embarque feitos à mão, fora do sistema de informações da empresa. No caso de uma emergência, tal situação poderia causar sérios problemas e riscos às vidas dos passageiros que voaram nos corredores, disseram especialistas.

O jornal Dawn acusa o órgão regulador paquistanês de não punir a empresa aérea e seus funcionários por essas aberrações, que colocam vidas em risco. Segundo investigação do jornal, o comandante do voo, Anwer Adil, também não tinha ciência da ocorrência até o voo decolar.

O protocolo pede que, em situações como essas, o voo seja retornado e os passageiros-extra desembarcados, no entanto, o piloto preferiu seguir o voo, já que o retorno resultaria em milhares de litros de combustível derramados. Outro erro do piloto e da tripulação de cabine foi não ter relatado a ocorrência nos registros de incidente da empresa aérea.

Um porta-voz da PIA, Danyal Gilani, disse à BBC que “o caso está sob investigação e ações serão tomadas assim que se descubram os responsáveis”. Quando questionado sobre o tempo da investigação, ele afirmou que “não é possível definir um tempo para isso”.

Esse é mais um caso que expõe negativamente a empresa nacional do Paquistão.

Do paquistanês Dawn


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