Fundada pelo piloto Niki Lauda, aérea austríaca NIKI fecha as portas

Niki Lauda e o Airbus de sua companhia © DW

A empresa aérea austríaca NIKI, fundada por um dos melhores pilotos de Fórmula 1 do mundo, Niki Lauda, fechará as portas nesta quinta-feira, 14. A empresa é a segunda fundada pelo piloto, e também a segunda a sumir dos ares.




A NIKI foi fundada por Niki Lauda em 2003, anos depois da sua primeira aérea Lauda Air ser totalmente comprada pela Austrian Airlines. A NIKI tem um conceito de empresa low-cost e foco no público de turismo, sendo os principais destinos nas Ilhas Canárias e também as mais belas praias do Mediterrâneo.

Em 2004 iniciou-se uma parceria com a Air Berlin, que foi expandida em 2011 com a compra completa da NIKI pela Air Berlin, momento em que houve a aposentadoria dos Embraer E190 e dos Airbus A319 para uma frota de A320 e A321.

Hoje essa história chegou ao fim. A NIKI era a parte mais lucrativa da Air Berlin, que encerrou suas operações no último mês de outubro, após anos e anos de prejuízos. Uma parte da Air Berlin (aeronaves e parte do pessoal) foi adquirido pela Lufthansa, que decidiu hoje não incluir a NIKI no pacote de compra, trazendo assim um fim à companhia fundada por Niki Lauda.

Assim como o brasileiro Ayrton Senna, Niki Lauda era um fanático por aviação. Fundou a LaudaAir em 1979, operando até os gigantes Boeings 777-200ER.

Niki Lauda, teimosia e aviação

Niki Lauda investiga o acidente com o avião da sua aérea © Associated Press

Em 1991 um Boeing 767 da Lauda Air se acidentou na Tailândia após abrir o reverso do motor em pleno voo, causando perda de controle da aeronave e matando todos a bordo, inclusive um brasileiro. O piloto de Fórmula 1, conhecido pelo seu gênio único e teimoso, viajou até o local do acidente e fez sua própria investigação.

Niki Lauda investiga acidente © Car Throttle

Certo que foi uma culpa da Boeing e não de sua tripulação, Lauda foi até Seattle e cobrou da fabricante explicações. Inclusive afirmou que estava disposto a voar o Boeing 767 nas mesmas condições, sendo apenas eles e dois pilotos, que abririam os reversos em voo para ver o resultado, desafiando a fabricante que afirmava que a abertura do reverso não iria interferir no voo.

A Boeing negou o voo, então Niki Lauda obrigou-os a afirmarem publicamente que em tal situação ninguém iria sobreviver, e a fabricante assim o fez. Para muitos aviadores, Niki Lauda é um dos maiores contribuidores para um aumento da segurança aérea no mundo.

Com informações da Bloomberg.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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