IATA diz que “Brasil está ficando fora do mapa da aviação”

Companhias continuam ‘driblando’ o Brasil, evidenciando grandes desafios econômicos e regulatórios que o país enfrenta. Falando durante o evento Routes Americas, em Las Vegas, Peter Cerda – Vice-presidente regional para as Américas da IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional) – notou que companhias estão surgindo e explorando mercados em muitos países na América do Sul, menos no Brasil.

 

Ele cita companhias como VivaColombia, Wingo, a mexicana VivaAerobus, além de prospecções do setor como a argentina FlyBondi e a chilena Jet Smart. “Existe um grande interesse em investir nestes países, mas nós estamos deixando de lado um mega país que é o Brasil”, disse.

Falando ao canal FlightGlobal, Peter Cerda descreve o país como a ‘ovelha negra’ da região. “Existe uma falta de apetite em entrar neste mercado, apesar de sua força, pois a dificuldade burocrática de fazer negócios lá é enorme.”

Ainda segundo ele, o setor pode pensar em crescer apenas daqui alguns anos: “É o maior país, a mais vasta economia. Se a economia prosperar nos próximos anos e a classe média ficar mais forte, estamos falando de imensas oportunidades à indústria”, analisa.

Cerda ainda fala sobre a falta de infraestrutura e instabilidade política que afetam investimentos no Brasil e a grande disparidade entre a América Latina e o mercado norte-americano, que faturou bilhões, enquanto os latinos ficam apenas na casa dos milhões. “Se não houver mudanças radicais em termos de profissionalização, barreiras regulatórias, conscientização dos governos de que os investimentos são necessários e trazem desenvolvimento, as companhias que lá operam nunca estarão no patamar do resto do mundo”, conclui.

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