A menos de um mês do primeiro voo, TCU barra operações na Pampulha

GOL pretendia operar no aeroporto a partir do próximo dia 22

A menos de um mês da volta dos voos de grandes jatos no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, o Tribunal de Contas da União (TCU) barrou a portaria que liberava voos de grandes cidades para o aeroporto belo-horizontino.




A decisão atende um pedido do Senador Antônio Anastasia (PSDB – MG) e é mais um capítulo na novela que envolve o aeroporto da Pampulha. A medida que valia até ontem foi tomada em uma barganha de políticos durante a votação de uma denúncia contra o Presidente Michel Temer. Após isso, a BH Airport que administra Confins, políticos e associações da região do Aeroporto Internacional, se moveram contra a reabertura.

De lá para cá todas as quatro grandes empresas aéreas solicitaram voos para Pampulha, a ANAC distribuiu os slots, mas até então apenas a GOL tinha exercido o direito de uso do aeroporto com quatro voos diários para São Paulo – Congonhas. A companhia inclusive já tinha iniciado a venda dos bilhetes, o seu pessoal de solo de Confins realizou reconhecimento do terminal da Pampulha e os balcões de check-in já estavam a ser instalados.

O primeiro voo iria pousar no dia 22 de janeiro, agora a sua chegada é incerta. O Ministro Bruno Dantas do TCU afirma que a decisão anterior ocorreu de forma “aparentemente açodada e sem motivação idônea” e agora a ANAC terá 60 dias para explicar os “efeitos sobre as condições de conectividade, ambiente concorrencial sadio, modicidade tarifária e qualidade na prestação dos serviços públicos” que a sua medida acarretaria.

Já a Infraero terá os mesmos 60 dias para apresentar o impacto dos voos sobre as receitas advindas da exploração do Aeroporto de Confins e sobre as despesas de investimento futuro necessárias para o Aeroporto da Pampulha, “realizando o cotejo entre vantagens e desvantagens dessa decisão para a saúde financeira da estatal”.

Com isto a novela continua e novamente os aeroportos de Belo Horizonte ficam à mercê dos políticos, que não sabem diferenciar um Boeing de um Airbus e querem legislar sobre aviação.

Aos passageiros da GOL, o AeroIN recomenda que entrem em contato com a companhia para uma possível remarcação de voo ou reembolso.

Com informações do jornal Estado de Minas

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