Mercado de aeronaves usadas tem maior demanda por exportação nos últimos 18 meses.

Embraer tem linha de jatos (Phenom e Legacy) muito fortes em seus segmentos.
Embraer tem linhas de aeronaves (Phenom e Legacy) muito fortes em seus segmentos.

Especialista em compra e venda de aeronaves executivas detecta aumento da demanda de exportações – venda da aeronave no exterior – em detrimento dos negócios domesticos e importações há mais de doze meses. Redução da malha aérea das companhias comerciais e queda do dólar, começa a estimular retomada das compras no exterior (importação).

Nos últimos 12 meses, o mercado de compra e venda de aeronaves usadas no Brasil viu uma demanda muito maior de exportação (venda de aeronaves brasileiras no exterior) do que de compra. A crise econômica prolongada combinada com a desvalorização do real frente ao dólar estimulou muitos brasileiros a buscar compradores para suas aeronaves no mercado externo. Agora, com os primeiros sinais de retomada da economia, valorização do real e a redução drástica da malha aérea das companhias aéreas comerciais, que hoje atendem pouco mais de 100 das 5.500 cidades brasileiras, as importações (compra de aeronave no exterior) começam a dar sinais de aquecimento.

A avaliação é de Cassio Polli,  especialista em compra e venda de aeronaves, com 15 anos de mercado. Para ele, a média de 10 a 12 aeronaves comercializadas por ano, sempre importação, mudou para 9 em 2014 e 8 em 2015, sendo que das 8 operações realizadas no ano passado, seis foram de exportação, ou seja, brasileiros vendendo suas aeronaves em outros países. Do início do ano até agora, já foram mais três exportações de aeronaves, e nenhuma importação.

Como o real estava desvalorizado frente ao dólar, as aeronaves brasileiras ficaram com preços bem competitivos no exterior e se tornaram uma forma de fazer caixa, ainda que temporário para os empreendedores. “Temporário porque a aeronave executiva é uma importante ferramenta de negócios, permitindo chegar onde a aviação comercial não chega porque não tem voos diretos ou exige conexões complexas e extremamente demoradas”, explica Polli. Com a crise econômica, as companhias aéreas brasileiras enxugaram a malha, cortaram voos e reduziram a cobertura que já é pequena. O país tem mais de 5.500 cidades, mas só pouco mais de 100 tem voos regulares.

Atualmente, a frota de aeronaves da chamada aviação geral (que contempla todas as aeronaves que não são usadas pelas companhias aéreas comerciais) soma pouco mais de 15 mil unidades e é a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da frota americana. São jatos, helicópteros, turboélices de uso privado, pertencentes a pessoas físicas, empresas ou táxi aéreo, usados para expansão de negócios, no agronegócios, cargas e para instrução de pilotos.

“Aqueles que venderam suas aeronaves aproveitando a oportunidade do câmbio ou mesmo em razão da crise, devem recomprar em breve, talvez até partindo para modelos maiores, mais novos, com capacidade para mais pessoas ou de maior alcance. Estamos com perspectivas otimistas para o segundo semestre, apostando que a retomada da economia reative o mercado como um todo e também a aviação executiva, que entendemos estar diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico, especialmente de cidades longínquas, distantes dos grandes centros”, afirma Polli.


As informações são da Aerie Aviação Executiva que é especializada na compra, venda, importação e exportação de aeronaves executivas, novas e usadas. Sediada no Aeroporto de Jundiaí (SP), nos últimos dez anos, negociou mais de 100 aeronaves, entre turboélices, jatos e helicópteros, com 100% de sucesso. Oferece assessoria completa, desde a escolha até a entrega ou transferencia de título. Conta com suporte técnico próprio e escritório nos Estados Unidos.

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