Novo procedimento de pouso garante mais agilidade em Joinville.

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As aeronaves que pousam na cabeceira número 15 do Aeroporto de Joinville/Lauro Carneiro de Loyola (SC) já estão utilizando, desde o dia 13/10, um novo procedimento de pouso, conhecido como RNAV. Até essa data, a cabeceira 15 tinha apenas um procedimento, chamado RNP-AR, para operações de pouso diurno e noturno, em condições meteorológicas adversas. Como as companhias aéreas ainda não têm a homologação para o pouso utilizando o procedimento RNP, todas as aeronaves operando à noite, em condições adversas, utilizavam a cabeceira 33.

O gerente de Navegação Aérea da Infraero no Aeroporto de Joinville, Marcelo Borges Silva Souza, explica que o novo procedimento vai facilitar o sequenciamento das aeronaves e diminuir o número de arremetidas e de voos alternados por vento de cauda.

Para o superintendente da Infraero no aeroporto, Rones Rubens Heidemann, é de suma importância para o terminal catarinense, assim “como a instalação e homologação do ILS, que ocorreu em 2014”. Ele estima em cerca de dois terços de redução do número de voos que atualmente alternam para outros aeroportos, a partir de Joinville, em virtude dos fortes ventos.

Entenda o procedimento

Ao iniciar o procedimento de pouso, o piloto escolhe a cabeceira – nome que se dá a uma das “pontas” da pista – em que a aeronave vai pousar. Esse processo depende da direção do vento no momento da operação. Se as condições meteorológicas não forem favoráveis para o pouso em uma determinada cabeceira, costuma-se haver as ocorrências de arremetidas, nome dado ao processo no qual o piloto “desiste” do pouso por não encontrar as condições ideais para tal.

Adicionalmente, uma outra condição para definição da cabeceira a ser utilizada para o pouso é a existência de um procedimento para aquela cabeceira, previamente publicado em carta aeronáutica. O termo “procedimento” é o nome que se dá a uma espécie de “mapa” que a aeronave segue durante toda a rota – desde a decolagem até o pouso.

Originalmente definido na década de 1960, nos Estados Unidos, o termo RNAV significava Random Navigation, termo esse que foi redefinido para Area Navigation, baseado no Sistema de Navegação por Satélite (GNSS), com o desenvolvimento de rotas e procedimentos compatíveis com a utilização de novas tecnologias a bordo das aeronaves. Com as novas tecnologias das aeronaves, o Cindacta 2 elaborou um procedimento para a pista 15 do Aeroporto de Joinville, o qual foi testado e aprovado pelo Decea.

 

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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