Star Alliance define novos investimentos em tecnologia e melhoria de processos.

Avianca Airbus A330 Star Alliance

Os diretores executivos das companhias aéreas membros da Star Alliance aprovaram no último sábado, dia 4, um novo investimento em tecnologia e melhorias de grande alcance para os processos operacionais, com o objetivo de atender às atuais e crescentes demandas dos viajantes.

“Servir nossos clientes com elevados padrões, de forma consistente e em escala global, tem sido sempre o foco de nossa estratégia na Aliança”, destacou Calin Rovinescu, diretor executivo da Air Canada, que preside o Chief Executive Board (CEB) da Aliança. “Com estas decisões, estamos abrindo o caminho para melhorar o alinhamento de complexos sistemas de back-end da nossa indústria com a rápida evolução das exigências dos nossos clientes. As tendências globais, como a personalização e digitalização dos produtos e serviços, devem desencadear uma mudança de mentalidade em nossa indústria e o objetivo é acompanhar esta evolução”.

“Os passageiros querem ter informações de viagem atualizadas e atraentes, ofertas de produtos personalizadas na ponta dos dedos, não importa onde eles estejam no mundo. Devemos ter sistemas e processos modernos, eficientes e de baixo custo para satisfazer essas exigências”, acrescentou Rovinescu.

Como resultado direto das novas decisões, a Star Alliance vai investir em projetos de tecnologia de milhões de dólares, que incluirá um novo centro de TI para bagagem, previsto para entrar em operação até o fim de 2016. O centro será o mais recente de uma série de aplicações plug and play que estão apoiando o trabalho de bastidores das companhias aéreas membros. Os hubs de TI existentes tiveram êxito na troca de dados de passageiros frequentes e por meio do check-in e da bagagem, bem como na prestação de serviços avançados para clientes premium.

O processo de bagagem atual é complexo pelo fato de que a informação relevante reside em muitos sistemas diferentes. Além dos operadores, as companhias aéreas membros da Star Alliance executam nos aeroportos o seu próprio sistema de bagagem, tornando-se altamente burocrática a recuperação do status atual de malas, a localização das bagagens e a tomada de medidas corretivas eficazes no caso das bagagens extraviadas.

“Mesmo que o mau uso de bagagem seja um caso relativamente raro em nossa Aliança, apesar do fato de levarmos quase 1,7 milhões de passageiros todos os dias, a ocorrência de erros é altamente desagradável para qualquer cliente afetado”, disse Mark Schwab, CEO da Star Alliance. “Acreditamos que a tecnologia moderna possa ser de grande valia na redução significativa do número de problemas com bagagem e no fornecimento de informações mais rápidas e precisas para os nossos agentes de atendimento ao cliente. Como sempre, nosso objetivo é fornecer o melhor serviço possível aos viajantes”.

Entretanto, os executivos aprovaram o desenvolvimento de processos padronizados para o off-airport e o check-in self-service, com uma tecnologia de despacho rápido da bagagem nos aeroportos, etiquetagem e validação de documentos de viagem automatizados. Uma vez implantados, esses padrões não só garantirão um atendimento mais prático aos clientes da Aliança, como também reduzirão demandas relacionadas à infraestrutura e custos de manutenção em todos os 1.300 aeroportos que a Aliança está servindo atualmente.

“Esta iniciativa representa, em primeiro lugar, mais um pioneirismo da indústria e foi concebida em total consonância com as exigências do IATA Fast Travel”, disse Schwab. “À medida que representamos cerca de um quarto dos serviços aéreos regulares do mundo, acreditamos na possibilidade de contribuir para a redução de complexidades operacionais. Nossas companhias aéreas membros têm se beneficiado de forma significativa com a normalização de outras áreas e estão determinadas a promover este processo, agora, em conjunto com os aeroportos e fornecedores de sistemas”.

Como a maior e mais antiga aliança de companhias aéreas, a Star Alliance está na vanguarda com a introdução de novas normas de funcionamento desde o início de suas atividades. Em muitos casos, estas normas têm rapidamente evoluído de maneira a padronizar toda a indústria de aviação – no caso da auditoria de segurança ou da implementação de código de barras 2D, por exemplo.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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