A curiosa ‘capina elétrica’ de aeroportos, como alternativa segura e sustentável

Aeroporto de Porto Alegre – Imagem: Fraport Brasil

Uma empresa de origem brasileira apresenta uma interessante alternativa que ela descreve como segura e sustentável para a capinação das áreas gramadas dos aeroportos.

O controle de ervas daninhas é algo às vezes muito complexo e que requer atenção, e em aeroportos esse cuidado tem que ser ainda maior devido ao grande fluxo de pessoas e aeronaves.

Para trazer uma nova forma de combate às invasoras, substituindo os grandes equipamentos ou controle químico por herbicidas que nem sempre são 100% eficientes, a Zasso Group, multinacional sediada na Suíça, mas de origem brasileira, nos últimos 5 anos vem testando uma solução para esse importante setor, incluindo o uso em um aeroporto do Brasil.

Trata-se do Electroherb, uma tecnologia inovadora presente na capina elétrica desenvolvida pela empresa. Com o uso de descargas elétricas controladas e de alta potência, a solução permite o controle eficiente de plantas resistentes ao herbicida, da superfície até a raiz – com um efeito que dura mais ou é comparável ao obtido com os agroquímicos convencionais.

Equipamento de capina elétrica – Imagem: Zasso Group

“Essa tecnologia tem sido muito usada com grande sucesso na área urbana e tem grande potencial também para ser eficiente em aeroportos. Estamos realizando provas, testes, validações e homologações em diversas regiões, dentro e fora do Brasil”, diz Emilio Garnham, diretor comercial.

Atualmente nos aeroportos o processo de controle de ervas daninhas é realizado pela roçada manual, tanto nas áreas internas quanto externas. Pelo alto fluxo de movimento na área interna, principalmente, e a baixa durabilidade do tratamento de daninhas via roçada, existe dificuldade de manter este controle dentro do desejado, seja no tamanho das plantas invasoras, seja na potencial invasão delas em situações complexas, como trechos de pistas.

Diante dessa dificuldade, a capina elétrica se apresenta como uma alternativa no controle efetivo neste ambiente, no qual as principais vantagens, segundo a empresa, são a produtividade diária do equipamento, a durabilidade do tratamento e as operações realizadas com adoção baixa de mão de obra.

“Utilizando a tecnologia Electroherb tanto para as áreas internas e externas deste ambiente, a produtividade é 10 vezes maior ao do controle via roçada manual, e uma durabilidade três vezes superior ao controle tradicional”, ressalta o diretor.

Em uso no Brasil

Atualmente a tecnologia da Zasso está sendo testada e utilizada no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre/RS, que em épocas normais chegou a receber mais de 8,3 milhões de passageiros por ano, entre embarques e desembarques, para dentro e fora do País. Para o local, a solução foi contratada por intermédio da empresa GS Ambiental – Tecnologia & Soluções, que é operador autorizado.

Imagem: Zasso Group

De acordo com Felipe Lescano Garcez, um dos responsáveis do aeroporto e que contratou o serviço, a utilização da capina elétrica no combate a invasoras e daninhas tem primeiramente um apelo sustentável, já que a administração do espaço tem grande preocupação com o meio ambiente, buscando sempre alternativas eficientes que gerem melhor experiência aos passageiros e equipe de funcionários.

Ainda segundo ele, o serviço, contratado para a manutenção de todo o aeroporto, surpreendeu pela rapidez no trabalho, pela eficiência e por ser ecológico. “Estamos muito satisfeitos com o que vimos aqui. Um equipamento muito eficiente e seguro”, finaliza o responsável.

Informações do Zasso Group AG

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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