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A mais mongol das companhias aéreas quer voar com Boeing 787-9

B767-300 da MIAT – Foto de Sergey Kustov – CC

A Mongolian Airlines (MIAT) comunicou ao mercado que encomendou um Boeing 787-9 novo de fábrica, através de um contrato de longo prazo e com entrega prevista para 2021.

Os planos preveem que o jato widebody seja usado nos primeiros voos de longo curso para os Estados Unidos. Embora os detalhes ainda sejam poucos, a companhia indicou que está no processo de obtenção das permissões necessárias para iniciar o serviço quando o Dreamliner chegar.

Uma classe executiva estranha

Em termos de configuração para o 787-9, as informações indicam que o avião terá 313 assentos. Serão 16 na classe executiva, 21 na premium economy e 276 na econômica. A classe executiva atual da empresa a bordo dos seus 767-300ER oferece uma configuração 2-1-2 e com assentos que não reclinam totalmente, completamente fora do usual para uma business – veja no vídeo abaixo -, no entanto esse é um serviço que deve ser melhorado no Dreamliner

Para onde a MIAT voa?

Certamente, o moderno Boeing 787-9 é apropriado para mercados mais exigentes como o norte-americano. A empresa não divulgou ainda o seu destino por lá, mas devido à posição geográfica, a probabilidade é que seja Los Angeles. Será interessante ver quais cidades a MIAT escolhe para o lançamento de serviços de longo curso aos EUA.

Fundada em 1956, a MIAT – acrônimo para Mongolyn Irgenii Agaaryn Teever – é a transportadora aérea nacional da Mongólia e um patrimônio nacional. Com sede na capital Ulaanbaatar, a empresa opera seus voos partindo do Aeroporto Internacional Chengis Khaan para China, Alemanha, Japão, Rússia, Coréia do Sul e Tailândia.

No total, a Mongolian Airlines atualmente usa dois modelos de aeronaves, sendo dois Boeing 767-300ER de sua propriedade e quatro Boeing 737-800 arrendados de quatro empresas de leasing diferentes. A companhia também possui quatro 737 MAX 8s encomendados, um dos quais foi entregue no início deste ano, mas atualmente está parado no pátio da Boeing por conta da interdição do modelo.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.