Em uma carta direcionada à ANAC, à qual o AEROIN teve acesso, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e International Air Transport Association (IATA) questionam o aumento dos preços, colocado pela Infraero nos aeroportos administrados pela estatal.
Falando em nome das suas associadas Gol e Latam, as associações pedem ajuda da ANAC para que atue junto junto à Infraero a fim de que a última avalie a possibilidade de promover uma revisão dos parâmetros estabelecidos para a majoração na tabela de preços.
Segundo as entidades, a INFRAERO informou que a tabela de preços específicos mensais para ocupação de Áreas Operacionais teria 15% de atualização, com base na variação do INPC/IBGE acumulado no período de ago/20 a jul/21, correspondente a 9,85%, mais adequação aos valores cobrados pela iniciativa privada de 5,15%, vigente a partir de setembro de 2021.
ABEAR e IATA sustentam que as empresas aéreas passam por uma situação bastante delicada em razão da pandemia e que ainda requerem uma recuperação intensa para alcançar a relação demanda/oferta pré-crise e permitir o reequilíbrio dos negócios antes de que haja expansão do setor. Por isso, seria necessário um esforço coletivo no sentido de manter os
níveis de custos dentro de uma margem razoável.
As associações concordam que o aumento dos custos, em linha com a inflação faz sentido, no entanto, discordam da tese de equiparação com os preços cobrados pela iniciativa privada nos aeroportos já concedidos, que resultaria no custo adicional de 5,15%.
Por conta desse contexto, ABEAR e IATA pediram ajuda para que a ANAC se poste como mediadora nessa conversa. Em 2018, as mesmas taxas já haviam sido aumentadas em 80%, a fim de equipará-las aos demais aeroportos que não são administrados pela Infraero.
