Aconteceu de novo: Avião de caça dispara e acerta a si mesmo

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Um fato incrível aconteceu de novo, mas de uma maneira diferente, quando um caça naval acabou acertando a si mesmo ao disparar sua munição.

F-35 dispara pela 1ª vez seu canhão externo © Robert Sullivan

A primeira história do tipo, envolvendo um jato de guerra, teria sido contada em 1956, nos primórdios das operações de aviões supersônicos embarcados. O caça em questão era o Grumman F-11 Tiger, que durante testes na conhecida base de Pax River, acabou acertando a si mesmo.

A manobra “suicida” aconteceu por engano. O piloto de testes voava nivelado e inclinou 20º para baixo o seu avião a fim de simular um ataque a uma embarcação, então disparou uma rajada do seu canhão de 20 milímetros e depois desceu mais rápido, com os pós-combustores ligados.

Instantes depois, o seu para-brisa e motores foram atingidos por pequenos objetos, que ao serem ingeridos acabaram danificando e desligando o motor. Com sorte e habilidade, o piloto de testes conseguiu pousar o caça.

Ao chegar em solo, foi detectado que os objetos eram as munições disparadas, que perderam velocidade devido à maior resistência do ar (quanto mais baixa a altitude, mais densa a atmosfera) e acabaram encontrando o avião, que havia acelerado na descida.

Grumman F11F-1 Tiger

Agora, o caso foi um pouco diferente e envolveu o caça Lockheed Martin F-35B Lightining II, versão de pouso e decolagem vertical do único caça naval furtivo do mundo. A aeronave do Corpo de Fuzileiros Navais (Marines) pertence ao esquadrão de testes VMX-1, e realizava suporte aéreo aproximado para tropas em treinamento próximo a Yuma, no Arizona.

O piloto, ao disparar o canhão de 25mm com munição real, teve seu avião atingido pelo próprio disparo, já que uma munição semi-perfurante explodiu após sair da boca do canhão, segundo reporta o portal Military.com.

Apesar dos danos, que segundo os Marines estariam avaliados em $2,5 milhões de dólares (R$14 milhões), o piloto conseguiu pousar em segurança.

A cifra assusta, mas não surpreende, já que o F-35 é o projeto mais caro do Departamento de Defesa dos EUA. A versão B inclusive tem seu canhão na parte externa, num casulo separado, já que o espaço do canhão interno, presente nas versões A e C, foi tomado por parte do sistema de circulação do ar para pouso na vertical:

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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