Aerolíneas Argentinas suspenderá até 60% de seus funcionários

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A Aerolíneas Argentinas e sua subsidiária regional Austral devem anunciar nesta segunda-feira, 1º de junho, a suspensão e a redução de salários de até 60% de sua força de trabalho, segundo reportam portais argentinos desde o domingo.

Avião Boeing 737-800 Aerolíneas Argentinas
Imagem: Matias 18 [CC]

Segundo o La Nación, a suspensão temporária, a ser informada aos funcionários nessa segunda-feira, deve durar ao menos dois meses, junho e julho, e atingirá entre 7 e 8 mil trabalhadores, do total de cerca de 12 mil da empresa aérea.

A suspensão e a redução salarial tomam como base o artigo 223 bis da Lei de Contratos de Trabalho, que permite que a empresa reduza o salário através de um novo cálculo proporcional ao salário integral, e também que não pague nenhum dos demais direitos trabalhistas durante o período do afastamento, conforme reportou o Clarín.

A decisão ainda deverá ser debatida entre a companhia aérea e os sindicatos de classe relacionados, que já vêm pressionando o governo e a empresa, declarando que não aceitarão demissões e deterioração das condições de trabalho.

O Aviación en Argentina reporta que a UALA (União dos Aviadores de Linhas Aéreas), união que reúne os pilotos da Austral, teria afirmado em uma declaração oficial que não aceitará “Nenhuma dispensa, redução ou situação que ponha em risco as condições e a fonte de mão-de-obra de nossos representados”, acrescentando que “Os trabalhadores não serão a moeda da negociação, nem farão parte da solução para essa realidade.”

Pouco menos de um mês atrás, a Aerolíneas já havia anunciado a fusão da subsidiária Austral com a companhia mãe para redução de custos. O que leva a crer que parte dessa força de trabalho temporariamente suspensa deve vir a se tornar, inevitavelmente, um corte permanente em um futuro pouco distante, a menos que o governo do país esteja disposto a bancar sua companhia aérea estatal enquanto durar a pior crise já enfrentada pela aviação comercial mundial.

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Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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