Aeroporto de Brasília agora fornece energia renovável aos aviões em todas as pontes

Visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como o CO2, e os custos com querosene dos aviões e com geradores a diesel, a Inframerica em parceria com a ENGIE agora fornecem energia renovável para aeronaves em solo a partir de todas as pontes de embarque e desembarque com uma solução inédita no Brasil.

Imagem: Inframerica

A ENGIE, líder global em energia e soluções, e a Inframerica, concessionária do Aeroporto de Brasília, firmaram em 2019 uma parceria para fornecimento de energia de fontes renováveis a aviões estacionados no terminal brasiliense.

A solução desenvolvida pela ENGIE, que segundo informa a Veja, agora concluiu a instalação dos equipamentos nas 22 pontes de embarque e desembarque do aeroporto, é capaz de manter a parte elétrica e de ar condicionado das aeronaves em solo em funcionamento.

Anteriormente, a energia elétrica e o ar condicionado das aeronaves enquanto estavam nas pontes de embarque/desembarque, eram providas por geradores externos a diesel, conhecidos como GPU (Ground Power Unit), ou pela pequena turbina a querosene do próprio avião, a chamada APU (Auxiliary Power Unit).

“A nova solução reduz a pegada de carbono, elimina o uso desses equipamentos na área de pátio, tornando a operação mais segura com menos obstáculos para manobras de veículos e pessoas, e reduz o nível de ruídos das operações. Buscamos, com isso, mostrar nosso comprometimento com a redução dos gases de efeito estufa (GEE) e reforçar nossas ações em prol de uma operação mais sustentável”, explicou Roberto Luiz, diretor de Negócios Aéreos da Inframerica, quando da assinatura da parceria.

A solução implementada provê a energia elétrica necessária, de 400Hz, e ar pré-condicionado (PCA), usando a própria energia gerada pelo aeroporto, eliminando, assim, a emissão de carbono das GPUs e APUs, que não precisam ficar ligadas.

Espera-se, com isso, uma redução de cerca de 20 mil toneladas de COpor ano no terminal, o equivalente ao plantio de mais de 120 mil árvores.

Essa iniciativa está em linha com a ambição da ENGIE, que é a de liderar a transição energética rumo a uma economia de baixo carbono, auxiliando empresas a descarbonizarem os seus processos, tornando-se mais sustentáveis e mais eficientes. Além disso, as companhias aéreas terão também seus custos otimizados, pois a energia elétrica tende a ter preços mais competitivos”, disse Leonardo Serpa, diretor-presidente da ENGIE Soluções.

Reconhecido com o Selo Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol), o Aeroporto de Brasília realiza a publicação de inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE). O Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) também reconheceu o terminal brasiliense com a certificação internacional de controle de carbono.

Parceria de longo prazo

A ENGIE e o Aeroporto de Brasília também são parceiros no fornecimento de energia renovável, iniciativa que entrará em vigor a partir de 2022. De acordo com Serpa, a empresa negocia soluções de mobilidade elétrica e outros serviços também com outros terminais aeroportuários, um segmento estratégico para a companhia.

Roberto Luiz, da Inframerica, afirma que a parceria com a ENGIE é de longo prazo e ressalta que o objetivo é replicar este novo projeto em outros aeroportos do Grupo, tanto no Brasil como no exterior.

Com informações da ENGIE

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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