O Aeroporto de Munique, na Alemanha, anuncia que está lançando um projeto de proteção climática de longo prazo: chegou a um acordo com a Administração Florestal do Condado de Arco’sche para transformar as florestas existentes no leste da Baviera em “florestas climáticas” que armazenam o máximo possível de dióxido de carbono.
Vimos uma ação semelhante por parte da VINCI Airports, administradora de aeroportos no Brasil e no mundo, que também anunciou em junho deste ano sua floresta de captura de carbono em Lyon, na França (clique aqui caso queira rever a matéria).
O objetivo estratégico do Aeroporto de Munique é operar o aeroporto de forma neutra em carbono até 2030. Para alcançar este objetivo, o plano é reduzir as emissões de CO2 que o aeroporto é capaz de influenciar em pelo menos 60% com medidas técnicas. Os 40% restantes serão compensados por meio de projetos apropriados localizados na região, se possível.
A nova floresta climática é um componente central dessa compensação de carbono planejada. Depois de concluído, cerca de 1.900 hectares de floresta existente serão otimizados de forma que as árvores possam armazenar o máximo de CO2 possível. O número de árvores plantadas também deve aumentar consideravelmente, criando uma floresta mista que pode posteriormente capturar mais de 7.000 toneladas métricas de CO2 por ano – cerca de um terço a mais do que as florestas comerciais padrão.
O aeroporto usará esse “extra” para compensação de carbono. Um total de cerca de 90.000 toneladas métricas de CO2 será capturado ao longo do prazo inicial do projeto de 30 anos.
A idade média das árvores aumentará de 65 para 75 anos – as árvores removidas serão usadas principalmente como madeira para construção ou móveis, de forma que o CO2 permaneça capturado pelo maior tempo possível.
O terreno para a floresta planejada pelo Aeroporto de Munique é fornecido pela Administração Florestal do Condado de Arco’sche. O aeroporto vai investir um total de cerca de 2,5 milhões de euros no projeto de floresta climática.
O crescimento da madeira na floresta climática será constantemente monitorado e calculado com base em inventários florestais realizados a cada dez anos. O acúmulo de CO2 na floresta climática será calculado usando uma ferramenta de contabilidade do Conselho Florestal Alemão (DFWR), que foi desenvolvida pela Universidade de Göttingen em conjunto com o Instituto Johann Heinrich von Thünen. A supervisão científica do projeto é fornecida pela Universidade de Friburgo. O Aeroporto de Munique também é apoiado pela consultoria ClimatePartner.
A fim de informar os usuários do Aeroporto de Munique sobre o projeto, um painel de exibição de informações foi instalado no Parque de Visitantes do aeroporto. Além disso, está prevista a apresentação de árvores como amostras dos tipos de árvores previstos na floresta climática.
Informações do Aeroporto de Munique
