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Aeroportos brasileiros estão sendo impulsionados por leilões e investimentos regionais

Balanço mostra que concessões aeroportuárias superaram R$ 6 bilhões em investimentos contratados. Governo Federal investiu mais de R$ 130 milhões em aeródromos do país

Imagem: Ascom/Setur-SE

As medidas elaboradas pelo Governo Federal fizeram o setor aéreo evoluir e voltar a crescer, mesmo que ainda existam dificuldades causadas pela pandemia de covid-19. A avaliação é do secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, ao apresentar um balanço das realizações e obras entregues pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra) que beneficiaram o segmento e, consequentemente, seus profissionais e usuários.

“Fizemos no primeiro semestre um leilão histórico, o maior do setor de aviação civil no país. Foi a 6ª rodada de concessões, com 22 aeroportos, quando contratamos mais de R$ 6 bilhões em investimentos”, destacou o secretário. O leilão da 6ª rodada foi realizado em abril dentro da Infra Week, quando 28 ativos da União foram concedidos para exploração da iniciativa privada.

Confira o balanço do primeiro semestre de 2021

VOANDO BRASIL ADENTRO – O MInfra também concentra esforços para equipar e modernizar as estruturas de aeroportos regionais em todo o país. Segundo o secretário, os investimentos realizados desde o início do atual governo nesses aeródromos, com recursos públicos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), passam de R$ 1 bilhão. No primeiro semestre, a aviação regional recebeu R$ 130.753.037,25 do Fnac.

Um dos empreendimentos cujas melhorias, iniciadas em 2019, foram concluídas neste ano é o Aeroporto Internacional de Navegantes (SC). Com R$ 61.720.656,25 investidos, o aeródromo teve a capacidade do terminal de passageiros triplicada e da sala de embarque, quintuplicada. Agora, Navegantes também conta com nova torre de controle. As renovações aumentam o conforto das instalações e garantem mais segurança operacional, além de contribuir para o desenvolvimento econômico da região.

No Paraná, o Aeroporto Internacional de Novo Iguaçu teve ampliados o pátio de aeronaves e a pista de pouso, implantada a pista de taxiway e duplicado o acesso ao terminal. Ao todo, foram aplicados R$ 69.032.381,00 nas adequações, entregues em abril. “A expansão da pista do Aeroporto de Foz do Iguaçu vai permitir voos internacionais de longo curso [sem escalas] naquela cidade tão importante ao turismo brasileiro”, destaca Ronei Glanzmann.

TECNOLOGIA – O secretário também ressalta os investimentos tecnológicos no modal. No primeiro semestre, os testes do programa Embarque + Seguro 100% Digital, com uso de reconhecimento facial biométrico, chegaram ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (Confins) e Congonhas (SP), que entrou em operação simultânea com Santos Dumont (RJ).

“É a primeira ponte-aérea do mundo a reconhecer biometricamente seus passageiros nas duas pontas, tanto em Congonhas quanto no Santos Dumont”, explicou. “Essa iniciativa de transformação digital contribui na segurança de nossas operações e já foi testada em cinco aeroportos [também em Salvador e Florianópolis]. Chegará em Brasília e outras capitais no segundo semestre. Um sistema muito interessante de reconhecimento facial, dos mais modernos do mundo”, enfatiza Glanzmann.

Fechando as entregas do primeiro semestre, destaca-se, na aviação executiva, a internacionalização do Aeroporto Catarina (SP). Trata-se do primeiro aeroporto internacional privado do Brasil a operar como aeródromo público sob o regime de autorização com a permissão para realizar pousos de aeronaves vindas de outros países e decolagens para fora do Brasil. Isso foi possível após investimentos privados, na ordem de R$ 700 milhões, na estrutura do aeródromo.

Em 1º de junho, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, temporariamente, pouso e decolagens de aviões em locais não cadastrados na Amazônia Legal para o atendimento humanitário às comunidades de áreas isoladas, inclusive o transporte emergencial de medicamentos, insumos, vacinas e pacientes. A medida é parte do programa Voo Simples. No mesmo mês, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a medida provisória que prorroga o prazo de reembolso e remarcação de passagens em voos cancelados por conta da pandemia.

Uma ação conjunta do Ministério da Infraestrutura com o Ministério da Saúde permitiu que uma categoria essencial para o país tivesse preferência na vacinação contra a covid-19.Em maio, teve início a vacinação dos trabalhadores do setor aéreo, dando mais segurança aos trabalhadores e também aos usuários. “À medida que a vacinação da população avança e o número de casos [de covid-19] diminui, a aviação volta a apresentar bons resultados”, resumiu Glanzmann.

Informações do Ministério da Infraestrutura

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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