Em mais uma possível revés para a Boeing, a Air Canada, que estava deixando a Airbus para ter uma frota quase totalmente norte-americana, pode voltar atrás.
Sem o Boeing 737 MAX devido à paralisação mundial do modelo após dois acidentes fatais, a empresa está avaliando seriamente voltar a comprar aeronaves da Airbus.
Em 2013 a aérea canadense anunciou uma compra de 61 jatos MAX, podendo comprar mais 48 no futuro. Foi o último passo da empresa para migrar de uma frota de maioria Airbus para uma toda norte-americana.
Isto porquê a empresa optou por substituir seus jatos brasileiros Embraer E190 pelos conterrâneos CSeries (hoje Airbus A220, mas a encomenda não havia sido com a europeia), os Airbus A319/320/321 pelos 737 MAX 8/9 e os quadrijatos A340-300 pelo Boeing 787 Dreamliner.
O único que foi salvo pela substituição norte-americana foi o A330-300 que tem substituído o 767-300ER. Porém, tudo apontava que o 787 iria futuramente substituir o A330.
Agora, todo esse plano de frota excelente para a Boeing pode sofrer um revés. Segundo o portal canadense Les Ailes du Québec, a Air Canada está próxima de encomendar 25 jatos da Airbus.
A encomenda seria um mix de A321LR/XLR e de A330neo. As variantes de longo alcance do A321neo substituiriam os 11 jatos 737 MAX 9 encomendados.
Já os A330neo substituiriam os cinco 767-300ER restantes e possivelmente os seis 777-200LR que a companhia possui, ou até mesmo os A330-300 mais velhos.
O bom preço oferecido da Airbus e a disponibilidade de entrega rápida do A330neo, aliados ao bom desempenho do A321LR conforme dados do modelo operado há nove meses pela subsidiária recém-comprada Air Transat, são os responsáveis pela importante mudança de rumo.
Apesar de, por enquanto, a encomenda não ter sido confirmada, a Air Canada já informou que não terá mais do que 50 jatos MAX, abrindo mão das opções de compra. Este número não seria suficiente para substituir todos os 65 Airbus da mesma categoria que operam hoje na empresa.
