Air Tahiti Nui se despede do A340-300 e troca toda frota de Airbus por Boeing

Foto de Kok Chwee Sim [CC 3.0]

Toda história tem um começo, um meio e um fim. Nesta terça-feira (24) foi a vez de dar adeus aos Airbus A340 da Air Tahiti Nui após 21 anos em operação. A partir de agora, a empresa voa apenas com aeronaves Boeing, particularmente os Dreamliners.

Desde a sua criação em 1998, a Air Tahiti Nui sempre voou com o Airbus de quatro motores. Inicialmente com o A340-200 menor, e desde o início deste século com cinco A340-300. Atualmente, a Air Tahiti Nui possui dois A340-300, que voaram a Auckland pela última vez no dia de ontem. 

Modernização de frota

A Air Tahiti Nui opera voos entre o Taiti e a Austrália, França, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos. Em março do ano passado, a companhia revelou sua intenção de substituir seus A340 pelo 787-9 da Boeing. Foi uma notícia surpreendente para uma empresa de capital francês que servia como um cartão de visitas da Airbus em sua região.

O primeiro dos quatro 787-9 chegou em outubro de 2018 e foi alocado na rota entre o Taiti e Auckland. Esses voos marcaram o início da retirada gradual da frota de Airbus pela companhia aérea, em favor de uma frota composta inteiramente por aeronaves fabricadas nos Estados Unidos. Por sua vez, a única rota para a Europa (Papeete – Los Angeles – Paris) foi retomada pelo Dreamliner na primavera passada.

Air Tahiti Nui Boeing 787-9 F-ONUI (CDG)

A transportadora especificou seu novo Dreamliner para acomodar 294 passageiros em três classes, incluindo uma configuração de classe executiva aprimorada. Assim, a mais nova aeronave da transportadora do Pacífico inclui 232 assentos da Moana Economy, 32 assentos do Moana Premium e 30 assentos da Poderava Business Class.

Um fato interessante é que, com a chegada dos 787, a idade média da frota da companhia aérea cairá de 16 anos para apenas alguns meses, sendo uma das mais modernas do mundo.

Mapa de assentos do 787-9

As mudanças seguem seis anos consecutivos de lucros que trouxeram esperança não apenas à companhia aérea, mas também à ilha. Além disso, em termos de posição competitiva, a troca é vista por alguns como uma mudança de jogo para a aviação do Pacífico Sul.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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