A companhia aérea Swiss International Air Lines, da Suíça, voltou a liberar seus pilotos para a subida acima de 28 mil pés (8.500 metros) de altitude com as aeronaves Airbus A220 de sua frota após correção de problemas nos motores.
Conforme acompanhamos desde 2019, os motores da fabricante canadense Pratt & Whitney que equipam os A220 apresentaram um problema que fazia com que discos da seção de compressão do motor se rompessem, causando falha incontida, ou seja, ejetando fragmentos de peças com alta energia através da carcaça do propulsor.
Foram três ocorrências deste tipo com a Swiss, até então a maior operadora do jato, além de mais uma com a Air Baltic no início de 2020.
Após estudos sobre os incidentes, as agências reguladores e fabricantes definiram que os aviões A220 equipados com os motores PW1500G, bem como os Embraer 190/195 E2 equipados com os PW1900G, passariam a ter limitação de potência quando voando acima dos 28 mil pés, pois estas eram as condições que levavam à falha do componente deficiente.
Apesar da limitação, a Swiss optou por ser ainda mais conservadora, proibindo voos acima dos 28 mil pés com sua frota de A220, medida que a empresa manteve ao longo de todo o ano de 2020.
Agora, porém, segundo reporta o portal AeroTelegraph, a companhia suíça já retomou as operações normais de sua frota, liberando os pilotos a subirem livremente até o teto máximo de voo de 41 mil pés (12,5 km) do modelo da Airbus.
Isso porque a Swiss recebeu da Pratt & Whitney a atualização de software necessária para o controle do motor, que se mostrou eficiente para manter parâmetros dentro da normalidade durante testes em voo. Assim, após a atualização de todos os aviões, desde 8 de dezembro as restrições de altitude deixaram de ser necessárias.
A Swiss possui 29 aviões A220, sendo 9 da versão A220-100 de 125 passageiros e os demais da versão -300 para 145 passageiros. Assim, o modelo tem sido fundamental para a retomada das rotas europeias em meio à falta de demanda para o uso de jatos maiores, de forma que a volta dos voos a níveis mais elevados permite tornar mais rentáveis as operações em função da economia de combustível.
