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Investigadores militares do Canadá revelaram nesta semana suas conclusões sobre a sequência de eventos que levou um Airbus da Força Aérea Canadense, normalmente usado pelo primeiro-ministro do país, a sofrer um importante acidente em outubro passado.
A ocorrência se deu na base das forças canadenses de Trenton, em Ontário, em 18 de outubro de 2019, e deixou o Airbus CC150 Polaris com danos estruturais no nariz e no motor direito, que ainda estão sendo reparados.
O CC150 Polaris é a designação dos Airbus A310-300 civis que foram convertidos em aeronaves de múltiplos propósitos e de longo alcance para passageiros, frete ou transporte médico e reabastecimento aéreo da Royal Canadian Air Force, a Força Aérea do Canadá.
Os dados apontam para erros da empresa L3Harris contratada para o serviço, que envolvem a operação dos freios da aeronave e também as técnicas de manejo em solo.
Segundo o relatório, o CC150 foi rebocado da rampa do pátio norte para o Hangar 10 do 8 Wing Trenton, o centro das operações de mobilidade aérea da Royal Air Force. O Hangar 10 não é usado rotineiramente pelo CC150, de forma que o trator D-14 normalmente usado era muito grande para o espaço limitado disponível naquele hangar.
Assim, antes de entrar no hangar, a equipe de terra foi obrigada a parar e trocar o trator de reboque do D-14 maior para o D-12 menor.
Quando a aeronave chegou à posição em frente ao Hangar 10, a equipe de reboque contratada para manutenção parou a aeronave, instalou calços nos pneus, acionou o freio de estacionamento e desconectou o trator de reboque.
Durante a troca do trator, entretanto, a aeronave começou a avançar e pulou sobre os calços. As tentativas de parar a aeronave pela equipe de reboque não tiveram êxito.
O motor direito atingiu o trator D-12 estacionado dentro do hangar, antes que o nariz impactasse contra a estrutura da parede do fundo do hangar, parando finalmente a aeronave. O Polaris sofreu sérios danos e a força do impacto resultou em uma pequena lesão (o relatório não provê maiores detalhes sobre quem é a pessoa).
A investigação não conseguiu determinar positivamente a causa do freio de estacionamento não manter a aeronave em posição. No entanto, verificou-se que os calços usados para proteger a aeronave não estavam autorizados no Acordo de Suporte Técnico e nem todas as rodas tinham calços no momento do acidente.
Além disso, foi observado que o treinamento dado aos responsáveis por cuidar do estacionamento da aeronave (breakman) era informal, e carecia de procedimentos de emergência e referências a publicações dos fabricantes das aeronaves.
A equipe de investigação termina recomendando o uso de calços aprovados em todas as rodas e um melhor treinamento para operações de reboque.
O Departamento de Defesa Nacional estimou os danos ao avião em cerca de $ 11 milhões. O porta-voz do Departamento, Daniel Le Bouthillier, disse que o governo pediu à L3Harris para pagar o custo dos reparos, pois a aeronave estava sob seus cuidados e custódia quando o acidente ocorreu.
Com informações oficiais da Canadian Royal Air Force
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