Além das empresas aéreas, aeroportos também precisarão de ajuda para sobrevivência

Se o impacto brutal da queda de demanda pela pandemia do Coronavírus nas companhias aéreas está amplamente claro e difundido pelas mídias, outra consequência secundária ainda não tem caído nas discussões no Brasil: os aeroportos.

Sala Embarque Aeroporto Guarulhos

Não são apenas as empresas aéreas que sofrem imediatamente com o esvaziamento de seus voos. Grande parte da receita dos aeroportos depende das taxas cobradas sobre as operações de cada avião, que agora estão deixando de pousar e decolar, e sobre os próprios passageiros em seus embarques e desembarques pelo aeroporto.

Nos Estados Unidos, a situação já ganhou destaque. Os aeroportos norte-americanos pediram ao Congresso dos EUA US$ 10 bilhões em ajuda imediata para ajudar a compensar a queda maciça nos níveis de viagens causados ​​pela pandemia da COVID-19.

O plano foi apresentado aos legisladores pela Associação Americana de Executivos de Aeroportos (AAAE) e pelo Conselho do Aeroporto Internacional da América do Norte (ACI-NA), trabalhando em conjunto sob o apelido de Airports United.

A ACI-NA estima que os aeroportos dos EUA perderão US$ 8,7 bilhões em 2020, número que uma porta-voz disse que “provavelmente crescerá à medida que os fundamentos continuarem se deteriorando”. O grupo prevê que o tráfego de passageiros nos aeroportos comerciais dos EUA caia 68% no período de março a junho.

Aqui no Brasil, a situação não deverá ser diferente. Se algumas concessionárias já enfrentavam dificuldade em função de movimentações inferiores às projetadas durante as licitações, essa mudança inesperada de cenário deve trazer desafios muito mais profundos a partir de agora.

E não nos esqueçamos, é claro, dos demais setores impactados indiretamente. Empresas de serviços de apoio de solo, lojas e restaurantes dos aeroportos, motoristas de táxis, vans e aplicativos, hotéis, entre tantos outros. Todos serão (ou já estão) duramente afetados por essa crise sem precedentes.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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