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A linha aérea de bandeira italiana Alitalia foi oficialmente relançada em 29 de junho de 2020 com a nova razão social “Alitalia TAI” acrônimo para Transporte Aereo Italiano. Apesar das mudanças serem imperceptíveis para os clientes, na gestão está tudo mudado, já que a empresa conta com um novo executivo-chefe e uma nova equipe.
Apesar de o governo italiano esperar que os anos de prejuízo da empresa tenham chegado ao fim, isso é um grande desafio, já que a “nova empresa” não conseguiu promover uma reestruturação mais ampla. Ao invés disso, por pressão de alas do governo, teve que manter uma frota de 100 aeronaves, a maioria delas paradas, além de uma equipe completa, já que manteve praticamente todo seu quadro de funcionários. Ainda há quem defenda os cortes e os sindicatos se mostram céticos, mas a previsão é de que a empresa tenha de 4.000 a 5.000 empregos redundantes.
Para segurar as pontas, a recém-nacionalizada empresa receberá $3 bilhões de euros do governo italiano.
Francesco Caio, um executivo com experiência em telecomunicações e bancos foi nomeado presidente da empresa. Fabio Lazzerini, ex-gerente geral da Emirates na Itália assumirá como executivo-chefe.
“O conselho recém-designado poderá começar a trabalhar desde já, juntamente com assessores do Ministério das Finanças, sobre o novo plano industrial, que será então enviado à Comissão Europeia”, explicou o primeiro-ministro do país, Giuseppe Conte, em um post no Facebook, segundo reporta o Comunità Italiana.
O plano deve seguir um conjunto de diretrizes governamentais, que envolvem “perseguir uma estratégia fiel ao princípio da acessibilidade da gestão e totalmente orientada para se auto-sustentar dentro dos desafios complexos do mercado aéreo pós-Covid-19”, continuou Conte.
O plano de negócios e suas estratégias não são conhecidos publicamente, no entanto, sabe-se que o governo espera que a empresa tenha lucro em 2023.
A chefe da Comissão Europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, disse à agência de notícias ANSA em 2 de julho que a recém-nacionalizada Alitalia deve fazer uma ruptura com seu passado se quiser se qualificar para o apoio estatal.
“A descontinuidade econômica deve ser real”, disse ela, e somente depois disso “vamos avaliar se é realmente um novo negócio”.
Boa parte dos voos domésticos e de operações para as principais cidades europeias serão retomados em julho, para tanto a empresa já anunciou descontos generosos, em vistas a atrair o público.
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