American Airlines libera pin do Black Lives Matter e é criticada pelos funcionários

AA – Divulgação

A American Airlines liberou o uso do pin do movimento Black Lives Matter (BLM) no uniforme de seus funcionários, mas foi criticada por alguns colaboradores.

Segundo o New York Post, a empresa enviou um e-mail interno no último domingo, afirmando que “a American está totalmente comprometida em ter uma cultura inclusiva que dê boas-vindas para todos e reflita o nosso país e mundo. Uma maneira simbólica para mostrar o nosso suporte é através de um pin. Estamos trabalhando com uma rede de profissionais negros para desenhar um pin específico que possa ser utilizado no uniforme”. afirma a nota assinada por Jill Surdek, Vice-Presidente Sênior de Serviço de Bordo.

A nota continua afirmando que “no meio tempo, até o pin ficar pronto, nós permitiremos que as pessoas utilizem um pin do Black Lives Matter”.

Alguns pins já são permitidos para os funcionários da American (e de outras cias.aéreas nos EUA) como o de apoio à causa LGBT, o de veteranos de guerra/militares, de combate ao câncer de mama e próstata, da campanha de prevenção ao suicídio como setembro amarelo, e até religiosos como alguns cristãos, entre outros.

Estes pins são produzidos pela própria American ou são aprovados pela empresa, caso sejam produzidos por outras entidades. A sua parceira, a Alaska Airlines, já permite pins do movimento BLM e inclusive os comercializa.

“Fundamentalmente, Black Lives Matter é uma expressão de igualdade. Não significa que outras vidas não importam, de preferência numa sociedade as vidas negras devem importar e ter o mesmo valor de outras, não é algo político”, diz Jill Surdek.

Críticas

Pin oficial do movimento BLM da Alaska Airlines, que é utilizado por funcionários e vendido ao público © Divulgação

Mas parece que alguns funcionários levaram para o lado político. Diversos membros da empresa responderam o comunicado criticando a liberação do pin.

“Eu me sinto ofendida por isso. Uma ofensa séria, meu marido trabalha na segurança pública, assim como meu falecido pai, e até onde eu sei TODAS AS VIDAS IMPORTAM”, escreveu uma comissária da empresa, segundo revelado pelo NY Post.

Já outro comissário, que permitiu ser identificado apenas como John, afirmou que aqueles que se recusarem a usar o pin, serão “condenados ao ostracismo, e marcados como racistas”. Segundo John, o movimento Black Lives Matter “é uma organização terrorista que promove violência para garantir sua agenda. Se isto for adiante, eu usarei meu pin da Polícia de Nova Iorque, em apoio aos policiais”.

Um alto executivo da empresa defendeu a decisão da companhia, mas disse que foi pego de surpresa pela quantidade de reclamações de funcionários negros da American sobre o “preconceito implícito e que pode gerar um racismo direto de clientes e outros funcionários”.

Por enquanto, a medida do uso do pin está valendo e ele deve ser produzido, mas a empresa afirmou que tem grupo de debates sobre o assunto, e que está ouvindo todos os interessados.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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