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ANAC proíbe motor do Embraer E2 de voar em potência máxima em certa condição

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Embraer E195-E2 da Azul e o motor PW1900G

A ANAC emitiu uma Diretiva de Aeronavegabilidade que restringe a operação dos motores Pratt & Whitney do Embraer E2. A medida vem nove meses após casos de desligamentos dos mesmos em voo.

As ocorrências foram com um avião concorrente, o Airbus A220, antigo CSeries de fabricação canadense da Bombardier, que utiliza o motor da mesma família que o brasileiro Embraer E2: o PW1000G.

A família de motores da Pratt & Whitney já tem um grande histórico de problemas: a versão maior PW1100G que equipa o A320neo demorava a ligar, tinha problemas de corrosão e já teve desligamentos em voo.

Estes desligamentos também ocorreram no PW1500G que equipa o A220: foram quatro ocorrências, sendo três com a SWISS e a quarta e última com a Air Baltic em fevereiro deste ano.

Após todos estes casos, órgãos de segurança da aviação civil do Canadá, EUA e Suíça impuseram limitações no funcionamento do motor, que agora pode ter no máximo 94% de potência aplicada quando a aeronave estiver acima de 29 mil pés (8,8 km) de altitude.

Esta decisão foi tomada pelos EUA em setembro e em conjunto por Canadá e Suíça em outubro de 2019, mas só agora a ANAC restringiu as operações.

Segundo a Diretiva de Aeronavegabilidade 2020-07-01, os motores PW1900G que equipam os Embraer 190/195-E2 ficarão limitados a 96% de potência quando estiverem acima de 33 mil pés (10km) de altitude.

Outro ponto da Diretiva é que, caso a aeronave esteja em modo de potência automática (piloto automático), o procedimento normal do manual deve definir que o regime de subida seja o CLB2 (Climb 2), em que a potência máxima é ainda menor: 87,8%, ante 92,4% do CLB1.

Como ficará o computador de voo após a mudança no regime de subida

Na prática, esta medida da ANAC só afeta a Azul, única operadora de aviões Embraer E2 no Brasil e nas Américas, com unidades do E195-E2.

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