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Antena de Wi-Fi vira problema no Airbus A220 ao causar dano à própria aeronave

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Avião Airbus A220-300

Os aviões de corpo estreito A220-100 e A220-300, ex-CS100 e CS-300, hoje fabricados pela Airbus após adquirir o projeto C-Series da canadense Bombardier, estão enfrentando um problema causado por uma antena de Wi-Fi. Ou, mais especificamente dizendo, pela carenagem desse equipamento.

A autoridade de aviação do Canadá, a TCCA, emitiu neste mês de março uma Diretiva de Aeronavegabilidade (AD) que passa a vigorar na próxima quinta-feira, 1º de abril, explicando a situação e endereçando as medidas a serem tomadas.

Segundo o documento de número CF-2021-10, a obrigatoriedade do cumprimento das instruções da AD se dá a todos os aviões já fabricados dos modelos BD-500-1A10 (A220-100) e DB-500-1A11 (A220-300) que sejam equipados com um radome (carenagem) de antena 2Ku da Gogo, uma provedora de serviços de internet.

Essa antena, que capta sinais de satélite para fornecer internet por Wi-Fi a bordo da aeronave, fica na parte superior da seção traseira da fuselagem e é coberta pelo referido radome, como apontado na imagem a seguir. Nem todos os aviões a possuem, pois é escolha da companhia aérea usar ou não a solução da Gogo.

Segundo a Diretiva, foram relatadas duas falhas de antena de ELT (Transmissor Localizador de Emergência), incluindo um caso em que a antena quebrou e se soltou do avião, causando pequenos danos à superfície do estabilizador vertical.

A investigação revelou que estas falhas de antena de ELT foram causadas por cargas de vibração induzidas por vórtices de ar liberados pela carenagem da antena 2Ku, pois a do ELT fica logo atrás dela ao longo da fuselagem e sofre influência da perturbação do fluxo de ar gerada pela cobertura da antena de internet.

Segundo as autoridades canadenses, se não corrigida, esta situação pode levar à perda da antena de ELT e ao desenvolvimento de rachaduras na fuselagem, que podem resultar na incapacidade de manter a pressão da cabine.

Para mitigar os riscos associados à perda da antena e incapacidade de manter a pressão da cabine, a AD determina a substituição da antena de ELT por uma nova, além de inspeção repetitiva da superfície externa da fuselagem ao redor da área de fixação da mesma. Diferentes prazos de substituição são definidos conforme casos específicos e podem ser consultados diretamente na Diretiva clicando aqui.

Com informações da TCCA

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