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Antonov 74 afundou no oceano após acidente no Polo Norte, revelam documentos

Documentos judiciais revelam que um Antonov AN-74 foi perdido nas profundezas do Oceano Ártico cerca de três meses depois de acidentar-se durante um pouso, quando levava turistas ao Polo Norte em abril de 2015.

Avião Antonov An-74 Gazpromavia
Antonov AN-74 semelhante ao acidentado – Imagem: Pieter van Marion [CC]

A aeronave envolvida foi o Antonov AN-74-200 da Gazpromavia, registrado sob a matrícula RA-74056 e operando em nome da Polar Expedition. O jato executava o voo de Murmansk (Rússia) para a Base de Gelo Barneo no Polo Norte (89 graus de latitude), quando sofreu um pouso duro que causou danos estruturais substanciais no trem de pouso principal.

Com os danos, a aeronave acabou “empinada” com sua cauda encostada no gelo. Os ocupantes desembarcaram com segurança através de uma escada, e relataram que a visibilidade era baixa quando a aeronave fazia seu pouso em Barneo.

A aeronave “sentada” sobre a cauda após o pouso duro

A Base de Gelo Barneo é preparada todos os anos com uma pista de gelo capaz de aceitar aeronaves Antonov AN-74 e helicópteros para levar turistas ao Polo Norte.

Naquele ano de 2015, a base foi concluída no início de abril, e o primeiro voo da temporada carregando suprimentos para o campo pousou no dia 4 de abril. Mais tarde no mesmo dia, o segundo pouso da temporada foi o do incidente do Antonov RA-74056.

Veja no vídeo a seguir as condições que o primeiro voo enfrentou no pouso:

Uma aeronave de carga foi despachada para a Base para levar as peças de reposição e os técnicos necessários para reparar o AN-74, porém, o portal The Aviation Herald informa que agora teve acesso a documentos de uma disputa judicial, dada entre o proprietário e a seguradora da aeronave, que revelam que as coisas não saíram como o previsto naquele ano.

Segundo o portal, os documentos judiciais de 2016 mostram que o trabalho de reparar o dano estrutural do trem de pouso estava em andamento em 22 de abril de 2015, mas ventos acima de 58 nós (107 km/h) fizeram com que o nariz da aeronave caísse do suporte que o mantinha elevado do solo. Assim, o trem de pouso dianteiro também foi danificado, somando-se ao já colapsado trem de pouso direito.

A aeronave tombou para o lado direito e recebeu danos adicionais que foram além do reparável, então a tentativa de reparo foi abortada.

Em 24 de abril de 2015, o proprietário da aeronave apresentou uma reivindicação de seguro, que foi contestada pela seguradora, levando à disputa judicial dos documentos citados.

A reivindicação de seguro foi confirmada pelos tribunais, e o proprietário da aeronave adquiriu uma outra de substituição em 7 de julho de 2015.

Após tudo concluído, não se sabe se propositalmente ou por coincidência, um grande bloco de gelo soltou-se e a aeronave do acidente flutuou para o oeste, quando na noite entre 26 e 27 de julho de 2015 o bloco rachou e o avião acidentado afundou nas águas do Oceano Ártico.

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