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Ao invés de demitir, Boeing está contratando trabalhadores para o 737 MAX

A Boeing chegou a uma conclusão surpreendente nas semanas antes de interromper a produção do 737 MAX em janeiro: era hora de começar a contratar mais mecânicos.

Linha de Montagem Boeing 737 MAX 8

Ao todo, a Boeing contratou cerca de 730 novos trabalhadores em postos de manutenção e de linha de montagem entre dezembro e janeiro, sem praticamente nenhuma demissão, de acordo com o maior sindicato da empresa.

Isso porque a fabricante se preocupava mais em não ter trabalhadores suficientes disponíveis quando o MAX finalmente reiniciar a produção, do que com o custo de tê-los na folha de pagamento com pouco trabalho a fazer no curto prazo, restrito apenas à necessidade de preservação de todas as aeronaves produzidas e não entregues.

É uma aposta: atualmente, a Boeing planeja reiniciar seu centro de manufatura em Seattle nos próximos meses, com a expectativa de que os reguladores suspendam a proibição de voos do 737 MAX por volta do meio do ano, se o cronograma for muito otimista

Os custos da força de trabalho adicional serão acrescidos aos dos outros 3000 trabalhadores da linha de montagem do MAX, que a empresa mantém na folha de pagamento desde a suspensão da produção.

Para piorar as coisas, o plano de aproveitar a mão-de-obra para acelerar a produção vem sendo colocado em xeque. Agora existe a preocupação de que o coronavírus cortará as viagens aéreas e dissuadirá as companhias aéreas de receberem os aviões que já encomendaram, como já ocorreu essa semana com o Airbus A330neo:

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