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Após 35 anos voando, Boeing 737 Classic mais antigo do mundo é aposentado

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Aviões comerciais com mais de três décadas de operações ininterruptas são comuns em muitas regiões do globo, uma vez que o que determina a vida útil de uma aeronave é sua manutenção. No entanto, com o passar do tempo, manter um jato de gerações anteriores vai ficando cada vez mais caro. Isso determinou a aposentadoria desse clássico Boeing 737.

Boeing 737-300 YU-ANI na sua primeira operadora © Aero Icarus

A série Classic do Boeing 737 foi uma das principais a consagrar o modelo no mundo, sendo a primeira a usar os motores CFM-56, que se tornou o mais utilizado no jato e também no concorrente Airbus A320 anos depois.

Lançada em 1985, compreendia o 737-300, 400 e 500. Foram quase duas mil unidades fabricadas destes modelos, sendo que muitas delas voaram no Brasil nas cores de Varig, Vasp, Transbrasil, entre outras, e atualmente pela Sideral Linhas Aéreas em voos cargueiros.

Curiosamente, todos estes supracitados que ainda estejam em operação “nasceram” depois do jato de matrícula YU-ANI, um 737-300 “iugoslavo” que sempre pertenceu a uma única companhia aérea e praticamente nunca trocou de matrícula, sendo ele o Classic mais antigo do mundo em operação nos dias atuais. Segundo o site Ex-Yu Aviation News, este 737 hoje está na frota da companhia sérvia JAT (a Sérvia foi parte da antiga Iugoslávia, no leste europeu).

Ele foi entregue originalmente para a JAT Yugoslav Airlines, mas depois foi alugado para diversas empresas, como a belga Constellation International Airlines, a camaronesa Cameroon Airlines e a turca Turnisair. Foi apenas durante uma temporada na MAT Macedonian Airlines que teve sua matrícula trocada para Z3-AAA, ainda sob arrendamento da sua dona, que na época virou a Jat Airways e hoje é a Air Serbia.

Da Air Serbia foi para a subsidiária Aviolet, onde estava até o último dia 17, antes de ser aposentado junto com o seu irmão YU-ANK. Foram mais de 35 anos de serviço ininterruptos, sendo que o avião não ficou estocado durante a pior época da pandemia.

A saída dos dois únicos aviões da subsidiária Aviolet também marca o fim desta pequena empresa aérea, fundada em 2014 para realizar voos fretados.

YU-ANI na sua última pintura © Anna Zvereva
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