Argentina anuncia redução de taxas para voos internacionais

O ministro dos Transportes da Argentina, Guillermo Dietrich, participou na último dia 04 de abril do evento para a América Latina e Caribe da IATA, a organização que reúne 280 companhias aéreas de todo o mundo. O ministro argentino compartilhou um painel com sua homóloga chilena, a ministra Gloria Hutt, em que compartilharam as medidas que estão sendo tomadas de cada governo em termos de infraestrutura, segurança, melhoria na qualidade dos serviços e redução dos custos operacionais, que foram quatro eixos de discussão da reunião.




Neste contexto, Dietrich anunciou que a partir de julho deste ano haverá uma redução de 3% nas tarifas internacionais praticadas pela Intercargo, empresa argentina de ground handling (serviços de pista, rampa e logística), e 2% nas tarifas da Empresa Argentina de Navegação Aérea. As medidas somam-se aos descontos de 10% já aplicados em 2016, também internacionalmente, onde a Argentina esteve mais distante dos países da região.

“Sabemos que esta é uma indústria global e entendemos as demandas. Queremos que a Argentina seja vista cada vez mais como boa aposta, para que invistam, para que tragam mais aviões e para que abram mais rotas, dando mais oportunidades para os argentinos. Com esse objetivo, estamos avançando nesse caminho de continuar gerando incentivos e sermos mais competitivos”, afirmou o ministro.

Quanto à infraestrutura, Dietrich destacou que a Argentina está tendo o maior investimento em sua história para modernizar 30 aeroportos do país em obras de ampliação de capacidade, melhorias na qualidade dos serviços e maior tecnologia de navegação aérea para continuar melhorando a segurança e a eficácia das operações aéreas.

O ministro disse que, em termos de segurança e eficiência de navegação, trabalhos executados em pistas, plataformas, taxiways, beacons e torres de controle são fundamentais. No que diz respeito à gestão, as pistas de Chapelco, Trelew, Mendoza, Tucumán e Ezeiza já foram renovadas, todas com nova tecnologia de baliza e iluminação; e a construção das torres de controle Aeroparque e Iguazú foi concluída, enquanto a nova torre de Ezeiza continua a ser executada. Este ano serão renovadas sete pistas: a secundária de Ezeiza, já em construção; Comodoro Rivadavia; San Juan; Cordoba; a principal e a secundária de Salta; e Iguazú.

Sobre a “Revolução dos aviões”, o ministro ressaltou a importância da Aerolíneas Argentinas como empresa estatal líder em transporte, que nos últimos anos tem crescido exponencialmente e de forma sustentável, e negou, em resposta à pergunta do moderadora do painel, qualquer possibilidade de privatização. “A Aerolíneas Argentinas deixou de ser uma ferramenta política. A partir de uma excelente gestão e uma transformação na forma de gerenciar, a companhia aérea hoje tem mais aviões – de 75 a 89 -, tem mais rotas com conexões principalmente no interior do país e, a nível federal, melhor pontualidade, menos cancelamentos, transporta mais passageiros, quebra recordes mês a mês, e tudo isso é feito com subsídios reduzidos, com a meta para o próximo ano alcançar o equilíbrio”, afirmou.




Dietrich também destacou a chegada de novos operadores no setor, possibilitando cada vez mais aos argentinos terem mais opções quando se trata de viajar, com melhores conexões e melhores preços. E ele destacou a geração de emprego que o crescimento de passageiros significa: “No ano passado 15 milhões voaram na Argentina, o que implica um crescimento de 50% desde 2015. Esperamos que este ano chegue a 19 milhões. E em consequência desse de crescimento estão sendo criados empregos: teremos 300 novos pilotos até o final de 2018, que se somam aos 130 novos do ano passado”.

Depois do painel, o ministro se reuniu com executivos da Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (ALTA), que escolheu pela primeira vez a Argentina como a sede da “Cúpula de Segurança”, que é a reunião de segurança técnica mais importante da região. “A segurança é fundamental para a aviação ser um motor do desenvolvimento social e econômico. Para o nosso governo é política de Estado. Nesse sentido, é um orgulho que a ALTA nos escolheu para fazer seu fórum de segurança, aproveitando também a abertura dos dados da Aerolíneas Argentinas que enriquecem o Big Data, o trabalho integrado e nos permitem trabalhar no planejamento de segurança que transcende fronteiras e é para toda a região”, concluiu.

 
Informações pela El Economista.
 

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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