Argentina elimina preço mínimo de passagem doméstica

O Ministério dos Transportes da Argentina surpreendeu na última terça-feira ao anunciar o fim do piso tarifário aéreo, que colocava um preço mínimo a ser praticado nas passagens aéreas.




A chamada “banda tarifária” foi estabelecida em 2002 no governo do presidente Eduardo Duhalde. Utilizando-se da crise do setor após o 11 de setembro, o governo decidiu regular os preços dos voos domésticos, reduzindo a competitividade e fazendo com que os preços disparassem.

Os governos Kirchner mantiveram a política mesmo com a alta dos preços. O fato só mudou no ano passado, no governo Macri, que tem se mostrado pró-aviação: a abertura de mercado para empresas estrangeiras fez com que o número de cias no país fosse de 1 para 4 em menos de dois anos, e a banda tarifária foi retirada parcialmente com a exclusão da tarifa máxima.

Apesar da flexibilização, as novas companhias (principalmente as de baixo-custo) não ficaram satisfeitas, já que o diferencial deste modelo de negócio é o preço abaixo da média, que não poderia ser ofertado. E, finalmente, nesta semana o preço mínimo da passagem foi extinto, ainda de maneira gradual: é válido comercializar passagens abaixo do mínimo desde que haja antecedência mínima de 30 dias ao voo num bilhete de ida e volta.

A medida, que começa a valer a partir do dia 15 de agosto, “produz redução de preços para que mais argentinos possam voar no país. Os passageiros irão encontrar mais ofertas com melhores preços, aumentando as promoções em temporada e em voos de baixa ocupação. Seguimos trabalhando para uma Argentina melhor e mais conectada”, declarou Guillermo Dietrich, ministro do transporte.

Com informações e dados do site parceiro Aviacionline.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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