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Argentino com Covid esconde teste positivo e embarca em voo para seu país

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Um argentino que viajou aos Estados Unidos é acusado de esconder seu teste positivo para COVID-19 ao retornar para a Argentina, colocando todos os passageiros a bordo em perigo.

Identificado como Santiago Solans Portillo, de 29 anos, o homem, poucas horas antes de embarcar em um voo da American Airlines com destino à Argentina no início de maio, recebeu a notícia de que seu teste para COVID-19 havia dado positivo.

De acordo com o Clarín, o rapaz, mesmo sabendo de seu resultado positivo, não comunicou o fato à American Airlines no momento de seu embarque no Aeroporto Internacional de Miami.

Quando a aeronave chegou a Bueno Aires, na Argentina, no dia seguinte, as autoridades do aeroporto, que estavam realizando os procedimentos padrão para passageiros, aferiram a temperatura de Santiago e constataram uma febre com temperatura de 38,5 graus. As autoridades suspeitaram de que ele estava infectado e que não deveria ter entrado na aeronave.

Segundo Florencia Carignano, Diretora de Migração Nacional da Argentina, o comportamento de Santiago foi irresponsável e egoísta, colocando em risco a vida de mais de 200 passageiros que cumpriram todos os protocolos para viajar.

Com os Estados Unidos avançando na vacinação de sua população, muitos argentinos ricos estão viajando para Miami, na hipótese de se vacinarem contra a COVID-19. Santiago, que é empresário no ramo de lavagem a pressão, é um dos que viajaram para os Estados Unidos possivelmente para isso, porém, as autoridades não souberam dizer se ele já havia sido vacinado.

De acordo com as autoridades argentinas, além do resultado positivo no teste, o rapaz recebeu um atestado médico de outra clínica, na cidade de Hollywood, na Flórida, comprovando seu bom estado de saúde, livre do vírus e nos conformes para realizar a viagem internacional, e utilizou este laudo para o embarque.

Em entrevista, o advogado argentino que representa a clínica em Hollywood, Juan Manuel Dragani, disse que não há fraudes no atestado e que todos os procedimentos foram realizados de acordo com as regras americanas.

O advogado diz que há uma responsabilidade direta da clínica pelo acusado, mas também lembra que o contato de Santiago com a clínica foi através de uma consulta por videochamada.

Mesmo assim, as autoridades dizem que, por volta das 17h15 (horário local), Santiago teria recebido o resultado do teste apontando positivo para a COVID-19 e próximo à meia-noite o embarque do voo AA931 da American Airlines foi realizado, contendo 258 passageiros e 12 tripulantes.

Após as autoridades identificarem suas ações ao desembarcar na Argentina, Santiago foi levado preso para uma das instalações de quarentena obrigatória de Buenos Aires, onde, segundo informações, continuou com febre e recebendo tratamentos médicos.

Santiago pode pegar de 3 a 15 anos de prisão, como prevê uma lei Argentina que condena quem exponha intencionalmente pessoas a doença infecciosa, e sua pena seria agravada caso alguém tivesse complicações devido ao vírus, segundo informações Diretora Florencia.

No total, cerca de 14 pessoas sentadas próximos ao assento do rapaz irresponsável foram identificadas e orientadas a ficarem de quarentena por pelo menos 7 dias.

O celular de Santiago foi preso por um juiz, a fim de investigar em que momento exato ele recebeu o atestado médico de uma clínica e quando a outra clínica notificou o teste positivo para o coronavírus.

A American Airlines também poderá sofrer sansões por não ter sido rígida em seus procedimentos de evitar que uma pessoa infectada entrasse a bordo de uma aeronave.

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