Em razão da deterioração de sua situação creditícia de longo prazo, a Avianca Holding teve seu rating rebaixado para ‘B-‘ pela agência de ratings Fitch. A nota anterior da empresa era ‘B’. Além disso, a e empresa teve avaliação negativa em todos os critérios financeiros avaliados.
A Fitch explicou que o rebaixamento se deveu à deterioração creditícia, em razão do nível de alavancagem, limitada flexibilidade financeira e altos riscos de refinanciamento. A volatilidade macroeconômica da região, associada ao aumento de competitividade das low-cost foram considerados como ventos negativos para a empresa e colocaram em dúvida o poder da empresa reverter o alto nível de alavancagem.
As perspectivas para a Avianca Holding passaram de ‘estáveis’ para ‘negativas’ devido aos crescentes riscos de refinanciamento que enfrenta a empresa, que precisa pagar US$ 550 milhões em bônus não-garantidos em maio de 2020. Em 31 de Março, a empresa reportou um caixa de US$ 357 milhões e uma dívida de curto-prazo de US$ 626 milhões (excluindo as dívidas de leasing).
Recentemente, as condições complicadas da empresa foram expostas ao mercado após o takeover da United sobre o controle da companhia, retirando de cena o Sr. Germán Efromovich, o ora executivo-chefe da holding. O movimento deveu-se a um descumprimento de cláusula por parte de uma das empresas de Germán.
A Fitch acredita que as mudanças na gestão podem ajudar a empresa com seus esforços de refinanciamento, porém os temos de execução ainda são incertos. A United e a Kingsland (uma das acionistas) já se pronunciaram a favor de uma capitalização de até US$ 250 milhões na empresa.
Outras agências de rating também se movimentam no mesmo sentido da Fitch. Em maio, a Standard & Poors já havia rebaixado a Avianca Holding. Ambas as empresas estão dispostas a retirar a recomendação negativa caso a empresa refinancie com êxito suas obrigações, especialmente os bônus internacionais.
Informações da Fitch
