Início Acidentes e Incidentes

Avião A319 pousou na grama e piloto foi até a pista verificar, sem liberação, revela análise

Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Reportamos no último domingo, 18 de outubro, que um Airbus A319 havia sido danificado ao atingir luzes e antena de auxílio ao pouso por instrumentos (ILS) quando fazia sua aproximação final para o aeroporto de Panzhihua, na China. Veja a seguir novas atualização divulgadas hoje sobre o caso.

Aeroporto Panzhihua
Aeroporto de Panzhihua – Imagem: Oliver22233 / Domínio público, via Wikimedia Commons

O grave incidente ocorrera na sexta-feira, 16, e até o domingo ainda não havia informações oficialmente divulgadas por órgãos chineses com algum aprofundamento sobre os detalhes do fato com a aeronave da Shenzhen Airlines.

Nesta terça-feira, entretanto, segundo informa o The Aviation Herald, a Autoridade de Aviação Civil da China divulgou um relatório preliminar afirmando que a aeronave não apenas atingiu os objetos, mas também pousou fora da pista, antes da superfície pavimentada, com o risco de que pudesse ter afundado em solo macio e terminado em um acidente.

A investigação aponta que a aeronave recebeu duas penetrações, uma de 45×5 cm e outra de 20×12 cm em sua fuselagem traseira, envolvendo também danos estruturais, e os pneus sofreram danos em vários locais. Até o momento, porém, não foram reveladas novas imagens além da inicial, que você revê a seguir.

As luzes de aproximação e a antena do localizador da pista de fato foram danificadas pela aeronave, em conformidade com as informações que circulavam não oficialmente até agora.

Além do incidente propriamente dito, o relatório ainda revela outro fato grave relacionado à ocorrência. O comandante do voo deixou a aeronave ao chegar ao pátio e foi para a pista para fazer uma inspeção, porém, o fez sem qualquer autorização do Controle de Tráfego Aéreo (ATC), uma violação grave.

Condições da aproximação

A investigação também discorre sobre detalhes do voo logo antes da ocorrência, em que a aeronave havia tentado uma aproximação RNP (um tipo de navegação baseada em desempenho que permite a uma aeronave voar em uma trajetória específica entre dois pontos definidos no espaço) para a pista 20.

O vento era de 070 graus, mas variável de 040 a 110 graus, e com 4 m/s de velocidade, a visibilidade era de 2.160 metros e o alcance visual na pista 20 variava de 450 a 2000 metros. Havia chuva fraca, névoa fraca e tempo nublado a 330 metros de altura.

O A319 abortou o primeiro procedimento de aproximação devido à visibilidade limitada e, em seguida, entrou em espera nas proximidades por quase uma hora, seguindo para o pouso quando o ATC comunicou que as condições estavam um pouco melhores. Embora ainda instáveis, as condições agora eram de que as nuvens baixas haviam desaparecido e a visibilidade era de 4.800 metros com chuva fraca.

O comandante, após sair da aeronave, ficou por cerca de 24 minutos em sua inspeção não autorizada, antes de retornar, e somente 26 minutos após seu retorno ele informou à torre que eles poderiam ter pousado fora da pista, ou seja, foram cerca de 50 minutos em que o aeroporto permaneceu operacional após o incidente.

Registros dos gravadores de dados de voo e de voz da cabine foram acessador e lidos, e a investigação segue em andamento.

Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Sair da versão mobile