Aviões A-29 da Fumaça e PA-31T quase colidiram no ar em perda de separação de segurança

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Informações de um grave incidente, ocorrido na semana passada nas imediações do Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza (CE), revelam que um avião da Força Aérea Brasileira e outro particular estiveram em risco de colisão quando sua separação aérea esteve abaixo dos padrões mínimos de segurança.

Embraer A-29 Super Tucano Esquadrilha da Fumaça
Embraer A-29 da Esquadrilha da Fumaça

Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), a ocorrência se deu no dia 30 de setembro e envolveu um Embraer A-29A Super Tucano e um Piper PA-31T Cheyenne particular.

O registro, classificado pelo CENIPA como “Incidente Grave” do tipo “MAC / Tráfego Aéreo”, indica que a aeronave de matrícula FAB5724, que é operada pelo Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), conhecido como a Esquadrilha da Fumaça, decolou do Aeródromo Augusto Severo, em Natal (RN) com destino ao Aeródromo Pinto Martins com um piloto a bordo.

Enquanto isso, a aeronave privada PA-31T de matrícula PR-HRM decolou do Aeródromo Público de Sobral (CE), com destino a Fortaleza, a fim de realizar voo de transporte de passageiros, com um piloto e dois passageiros a bordo.

Segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o Cheyenne está em situação regular de aeronavegabilidade e pertence à empresa de táxi aéreo Uirapuru, que possui aprovação para operá-lo como aeronave de táxi aéreo.

Avião Piper PA-31T Cheyenne
Piper PA-31T semelhante ao envolvido no incidente – Imagem: aeroprints.com / CC BY-SA

Durante a aproximação para pouso no aeródromo de destino as aeronaves cruzaram-se separadas verticalmente por apenas 400 pés (122 metros) e lateralmente por 0,1 milha náutica (185 metros), valores inferiores à metade da distância padrão.

É importante ressaltar que o incidente não aconteceu durante apresentação da Esquadrilha da Fumaça, mas sim em um voo comum do A-29 Super Tucano. Sempre que o EDA decola para suas demonstrações, o espaço aéreo é fechado nas proximidades, para que nenhuma aeronave chegue perto da área de manobras.

Até o momento, não há informações sobre o motivo da aproximação insegura dos aviões, que pode ter sido causada, por exemplo, por falha nas instruções do Controle de Tráfego Aéreo, por falha de um ou de ambos os pilotos em seguir as instruções do Controle, entre outros fatores, que só poderão ser definidos pela investigação do CENIPA.

Com informações do CENIPA

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Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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