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Azul mostra seus resultados de março, com menor contração do que a da Gol

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Avião Airbus A330-200 Tudo Azul

A Azul Linhas Aéreas divulgou na noite desta quinta-feira, 8 de abril, seus dados preliminares de tráfego referentes ao mês de março de 2021, indicando uma já prevista contração de demanda em relação ao mês anterior, porém, menos intensa do que talvez se pudesse esperar após os dados da Gol Linhas Aéreas, apresentados por esta na segunda-feira, 5 de abril.

Março/2021 x Fevereiro/2021

Tráfego de passageiros

Segundo os números apresentados pela Azul, seu tráfego de passageiros ao longo deste último mês foi de 1,488 bilhão de RPKs (valor da multiplicação do total de passageiros pelo total de quilômetros voados), enquanto em fevereiro havia sido de 1,700 bilhão, representando uma contração de 12,5% mês a mês.

Na Gol, por exemplo, tal indicador se retraiu 32%, de 1,688 bilhão de RPKs em fevereiro para 1,154 bilhão em março.

Esse tráfego da Azul durante março esteve assim dividido entre os mercados doméstico e internacional: 1,453 bilhão de RPKs no doméstico, contra 1,678 bilhão do mês anterior (-13,4%), e 35 milhões de RPKs no internacional, contra 22 milhões no mês anterior (+59,0%).

Em resumo:
RPKs totais – fev 2021: 1,700 bi
RPKs totais – mar 2021: 1,488 bi (-12,5%)

RPKs doméstic. – fev 2021: 1,678 bi
RPKs doméstic. – mar 2021: 1,453 bi (-13,4%)

RPKs internac. – fev 2021: 22 mi
RPKs internac. – mar 2021: 35 mi (+59,0%)

Capacidade oferecida

Em termos de capacidade disponibilizada pela companhia, o valor de março de 2021 foi de 2,089 bilhões de ASKs (valor da multiplicação do total de assentos pelo total de quilômetros voados), tendo este mesmo indicador registrado 2,168 bilhões de ASKs em fevereiro de 2021, uma redução de 3,6% mês a mês.

Na Gol, os ASKs de fevereiro haviam sido de 2,089 bilhões e passaram a 1,154 bilhão em março, redução de 44,8% mês a mês, mostrando que a companhia fez corte de oferta muito mais intenso do que a Azul.

Com essa redução de 3,6% na capacidade ASK oferecida pela Azul, muito menor do que a contração de 12,5% da demanda RPK, a taxa de ocupação dos aviões baixou, passando de 78,4% em fevereiro para 71,2% em março de 2021.

Em resumo:
ASKs totais – fevereiro 2021: 2,168 bi
ASKs totais – março 2021: 2,089 bi (-3,6%)

Ocupação total – fevereiro 2021: 78,4%
Ocupação total – março 2021: 71,2%

Comparação anual Março/2021 x Março/2020

Na comparação anual, a Azul apresenta crescimento no mercado doméstico em relação a março do ano passado, que foi o primeiro mês com impactos importantes do começo da pandemia da Covid-19. Apesar disso, a queda no mercado internacional ainda é muito significativa, gerando resultado de contração no total dos dois segmentos da companhia.

Tráfego e capacidade totais

Conforme tabela acima, o tráfego total de 1,488 bilhão de RPKs em março deste ano representa uma redução de 8,9% em relação aos 1,634 bilhão de RPKs de março de 2020, enquanto a capacidade total de 2,089 bilhões de ASKs ofertada é 6,1% menor do que a de 2,224 bilhões de ASKs do ano anterior. Com isso, a taxa de ocupação total baixou de 73,4% para 71,2%.

Tráfego e capacidade doméstico

Em termos apenas do mercado doméstico, houve aumento de 11,2% no tráfego, saindo de 1,307 bilhão de RPKs em março de 2020 para 1,453 bilhão em março de 2021. Já a capacidade foi aumentada em 15,4%, de 1,757 bilhão de ASKs em 2020 para 2,028 bilhões em 2021. Com esse maior aumento de capacidade do que de tráfego, a taxa de ocupação doméstica dos aviões baixou de 74,4% para 71,7%.

Tráfego e capacidade internacional

No internacional, o tráfego baixou 89,3% entre março do ano passado e deste ano, saindo de 326 milhões de RPKs para 35 milhões, enquanto a capacidade internacional ofertada caiu 87,0%, de 468 ASKs para 61 ASKs. O resultado foi a taxa de ocupação diminuindo de 69,8% para 57,3%.

“Em março, ajustamos proativamente nossa capacidade em resposta à segunda onda da pandemia no Brasil. Embora a demanda tenha sido impactada pelas medidas de quarentena implementadas em todo o país, a força e a conectividade de nossa malha, em conjunto com a flexibilidade da nossa frota, resultaram em um crescimento de 11% da demanda doméstica em comparação a março de 2020.”, comenta John Rodgerson, CEO da Azul.

“Continuamos a gerenciar ativamente a capacidade durante esta fase da pandemia, sempre garantindo que esteja adequada à demanda e contribua para nossa posição de liquidez. Temos alguns meses desafiadores pela frente, mas como demonstrado ao longo desta crise, nosso modelo de negócio é resiliente e nos beneficiará durante a retomada da demanda no segundo semestre deste ano”, completou John.

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