B777X só em 2022 e B737 MAX em marcha lenta, veja o que a Boeing divulgou hoje

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A Boeing Company reportou nesta quarta-feira (29) que a receita no segundo trimestre foi de US$ 11,8 bilhões e a perda líquida de US$ 2,4 bilhões, refletindo principalmente os impactos do COVID-19 e do aterramento 737 MAX. Além disso, a fabricante também atualizou ao mercado sobre seus programas de aviões comerciais.

“Continuamos focados na saúde de nossos funcionários e comunidades, enquanto tomamos medidas proativas para navegar pelos impactos sem precedentes da pandemia”, disse o presidente e diretor executivo da Boeing, Dave Calhoun. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos clientes, fornecedores e parceiros globais para gerenciar os desafios de nossa indústria, fazer pontes para recuperação e reconstrução para serem mais fortes do outro lado”.

Volta à produção

No segundo trimestre, a Boeing reiniciou a produção em locais-chave após pausas temporárias para proteger sua força de trabalho e introduzir novos procedimentos rigorosos de saúde e segurança. Apesar dos desafios, a Boeing continuou a oferecer os principais programas comerciais. A empresa também retomou os estágios iniciais de produção do programa 737 com foco em segurança, qualidade e excelência operacional. Seguindo a liderança dos reguladores globais, a Boeing fez progressos em direção ao retorno seguro ao serviço do 737, incluindo a conclusão dos testes de voo de certificação da FAA.

Para se alinhar à forte redução da demanda do mercado comercial à luz do COVID-19, a empresa está tomando várias ações, incluindo o ajuste das taxas de produção de aviões comerciais e a redução dos níveis de emprego.

“A diversidade do nosso portfólio equilibrado e nossos serviços governamentais, serviços de defesa e programas espaciais fornecem estabilidade crítica para nós no curto prazo, à medida que tomamos medidas difíceis, mas necessárias, para nos adaptarmos às novas realidades do mercado”, disse Calhoun.

31 Boeings 737 por mês

O programa 737 retomou os estágios iniciais da produção em maio e espera continuar produzindo a taxas baixas para o restante de 2020.

A pandemia COVID-19 impactou significativamente as viagens aéreas e reduziu a demanda a curto prazo, resultando em premissas de menor produção e taxas de entrega. A Boeing Commercial Airplanes espera aumentar gradualmente a taxa de produção de 737 para 31 por mês até o início de 2022, com aumentos mais graduais para corresponder à demanda do mercado.

777X só em 2022

A taxa de produção de 787 será reduzida para 6 por mês em 2021. A taxa de produção combinada 777/777X será gradualmente reduzida para 2 por mês em 2021, com o 777X vendo sua primeira entrega em 2022.

Até o momento, as premissas da taxa de produção não mudaram nos programas 767 e 747. Sobre o último, falamos hoje mais cedo de um comunicado interno da Boeing informando aos funcionários sobre a suspensão do programa 747.

No total, foram 20 aviões entregues durante o trimestre, e o backlog inclui mais de 4.500 aviões avaliados em US$ 326 bilhões.

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Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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