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Bagunça em regras de imigração tem afastado empresas aéreas da África do Sul

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Novos regulamentos na África do Sul fizeram a Emirates cancelar todas as suas operações para o país, e outras grandes empresas consideram seguir o mesmo caminho.

Avião Airbus A380 Emirates
Imagem: Emirates

Uma grande confusão nos regulamentos e leis de entrada da África do Sul está assustando o mercado do turismo local e afastando grandes empresas aéreas da localidade.

A Emirates cancelou todos os seus voos para Durban no último domingo, 4 de outubro, e também está cancelando seus serviços, que foram recém retomadas após a pandemia, para Joanesburgo e Cidade do Cabo.

De acordo com uma reportagem divulgada pela emissora local eNCA na tarde de sábado, 3 de outubro, isso se deve aos regulamentos anunciados na semana passada, que tratam a tripulação da companhia aérea da mesma forma que os passageiros em relação aos regulamentos de saúde e requisitos de entrada.

Um relatório da agência AFP de Dubai diz que outras companhias aéreas cancelaram seus voos de ida e volta para Durban e acrescentou que mais voos de e para Joanesburgo e Cidade do Cabo também deverão ser cancelados.

No caso da Emirates, o regulamento que irritou a empresa diz que os tripulantes que forem desembarcar no país devem seguir as mesmas regras de auto-isolamento dos passageiros. A Emirates se recusou a aceitar tal regra e cancelou seus voos para o país.

Carla da Silva, Presidente do Conselho de Representantes das Companhias Aéreas da África do Sul, disse em uma entrevista à eNCA que a organização estava ciente do problema e escalou o assunto para o Departamento de Transportes e as partes interessadas necessárias, com o pedido de que eles com urgência revejam esse assunto, visto que os requisitos da tripulação não são práticos.

Segundo Carla, todas as tripulações de companhias aéreas já foram submetidas ao teste e ao ciclo de testes necessários. Eles também já estavam em quarentena e em um ambiente seguro.

“Infelizmente esse elemento foi esquecido. Eles não foram capazes de distinguir entre passageiros e tripulantes. A tripulação representa serviços realmente essenciais”, disse ela.

Outra companhia que pode abandonar as operações para a África do Sul devido às novas regras é a alemã Lufthansa.

Imagem: Lufthansa

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha informou sua assessoria de viagens que, após as mudanças de regras, não sabia se um visto era necessário para os alemães entrarem na África do Sul.

Antes das novas regras, o cidadão alemão poderia entrar no país africando por até 90 dias sem a necessidade de ter um visto expedido.

O ministro do turismo paralelo da África do Sul, Manny de Freitas, implorou ao seu opositor no governo, Mmamoloko Kubayi-Ngubane, para esclarecer esses assuntos com urgência.

Os líderes da indústria do turismo, uma das mais afetadas pela pandemia do coronavírus e que necessita se recuperar urgentemente, fizeram chamadas para o Departamento de Assuntos Internos para resolver o problema das viagens rapidamente, mas de acordo com o site IOL, não foram encontrados, apesar das repetidas tentativas.

No caso do Brasil, segundo o site da embaixada da África do Sul, brasileiros não necessitam de visto até 90 dias (turismo e/ou negócios), bastando apenas apresentar o passaporte com validade de até 1 (um) mês (da data de retorno ao Brasil), com pelo menos 1 (uma) página em branco, e o CIV (Certificado Internacional da Vacina) contra febre-amarela, que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque.

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Apaixonado por aviação desde o berço como filho de comissário de bordo, realizou o sonho de criança se tornando comissário em 2011 e leva a experiência de quase 10 anos no mercado da aviação. Formado Trainer em Programação Neurolinguística, conseguiu unir suas duas paixões, comunicação e aviação.
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