Base Aérea de São Paulo e 4º ETA realizam cerimônia comemorativa.

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Foi realizada no dia 20 de maio uma solenidade militar alusiva ao 75º aniversário da Base Aérea de São Paulo (BASP) e ao 47º aniversário do 4º Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA). Durante a solenidade foram entregues os títulos de Membro Honorário da Força Aérea Brasileira, medalhas militares de tempo de serviço e Destaque Operacional do COMGAR.

O desfile militar teve a incorporação do grupamento dos Veteranos de Cumbica, militares da reserva que fizeram parte da história da BASP.

Após a criação do Ministério da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1941, as Organizações do Exército e da Marinha ligadas á aviação foram reorganizadas e receberam novas denominações, então, o 2º Corpo de Base Aérea no dia 22 de maio de 1941, sediado no Campo de Marte, São Paulo.

Este 2º Corpo de Base Aérea deu origem, em agosto de 1944, a Base Aérea de São Paulo, a qual, em virtude do gigantesco desenvolvimento da cidade de São Paulo e atendendo ás necessidades técnicas surgidas, foi transferida para os terrenos da Fazenda Cumbica, recém-doada ao Ministério da Aeronáutica pelo sr. Eduardo Guinle. A instalação da Base Aérea em Cumbica ocorreu exatamente em 26 de janeiro de 1945.

A Base Aérea de São Paulo, situada em Cumbica, Município de Guarulhos, ocupa, aproximadamente uma área de 10 Km.
A missão da Base Aérea é a de proporcionar às Unidades Aéreas aqui sediadas em carater permanente ou temporário, todos os recursos técnicos e administrativos necessários para assegurar a manutenção, a operação e o emprego aérea eficiente dessas Unidades.

Para tanto deve dispôr de um aeródromo com sede normal, e capacidade de apoio às Unidades Aéreas, quando estas forem deslocadas para operações.

Desde sua criação a BASP teve muitos Comandantes sendo o primeiro deles o Major Aviador Hildegardo da Silva Miranda, no periodo de novembro de 1944 a fevereiro de 1946. O tempo normal de comando de Unidades é de 2 anos.

Pelas suas pistas, compondo as Unidades Aéreas aqui sediadas, passaram aviões que marcaram época na Força Aérea, tais como os A-20 Hudson, os B-25 Mitchell, muito empregado na 2ª Guerra Mundial, os B-26 Invader, que operavam com sucesso na Guerra da Coréia, os SA-16 Albatroz, avião de Busca e Salvamento que tantas missões de salvamento real realizou, os saudosos North American T-6, aviões que foram o esteio básico para treinamento dos pilotos, mais recentemente os aviões de fabricação nacional AT-26 Xavante, aeronaves a reação de grande desempenho, e os C-47 Douglas (DC3 na Aviação Civil) um dos aviões de maior sucesso de transporte de carga e passageiros.

A Base Aérea de São Paulo, cumprindo a sua missão regulamentar, prestou e presta, apoio à duas Unidades Aéreas, que são o 4° ETA (Quarto Esquadrão de Transporte Aéreo), e 4° EMRA (Quarto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque), e, em situação especial, à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica, criada em novembro de 1952.

Entre as unidades que já foram sediadas, contam-se o 1º/10º Grupo de Aviação (de março de 1947 a dezembro de 1978), o qual operou os Douglas A-20, Beechcraft RT-11, North-American B-25J, Douglas B-26 Invader e o EMB.326GB RT-26 Xavante; e o 2º/10º Grupo de Aviação (de dezembro de 1957 a janeiro de 1972), equipado com os Grumman G-64 Albatroz e helicópteros Sikorski S-55 SH-19D (até 1970) e Bell 205D SH-1D.

4º Esquadrão de Transporte Aéreo “Carajá”

O 4º Esquadrão de Transporte Aéreo (4º ETA) foi criado a 12 de maio de 1969.

Inicialmente sob controle operacional do extinto Comando de Transporte Aéreo, o 4º ETA foi sediado nas instalações da antiga Seção de Aviões do QG da 4ª Zona Aérea, situado no aeródromo do Campo de Marte, na cidade de São Paulo. Posteriormente, já subordinado ao IV Comando Aéreo Regional, o esquadrão foi transferido para a Base Aérea de São Paulo, em Cumbica.

Atualmente, o 4º ETA é a unidade aérea responsável pela execução das tarefas de transporte aéreo no âmbito do IV COMAR, e mantém-se adestrado para a realização das suas missões, incluindo o apoio às unidades das Forças Armadas, o auxílio às populações carentes e fazendo-se presente nas regiões de fronteira do Brasil.
O Esquadrão “Carajá” opera aeronaves C-95 e C-95A Bandeirante.
Uma preocupação constante é a segurança e para isso existe o Batalhão de Infantaria de Aeronáutica daBase, o BINFA-54,que vem trabalhando emconstante aperfeiçoamento de tática e logística, obtendo ótimos resultados. São ministrados cursos e palestras aos seus integrantes capacitando-os a participar de missões de segurança desenvolvidas pelo IV COMAR. Ao encargo do BINFA da Base também está o serviço de prevenção de incêndio do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o maior da América Latina. Outra responsabilidade do BINFA e a guarda da Vila Residencial de Cumbica, composta de cerca de 230 residências.

A BASP cedeu parte do seu espaço para a implantação do Aeroporto Internacional de São Paulo. Não obstante, sedia o 4º Esquadrão de Transporte Aéreo, o Instituto de Logística da Aeronáutica e Divisão de Catalogação da Diretoria de Material, aos quais a base apoia em suas atividades diuturnas.

Hoje na Base Aérea de São Paulo está se implantando o Museu de Aeronáutica de Guarulhos, numa parceria entre a BASP e as entidades civís. A meta é a divulgação do trabalho de cunho protetor, social e de integração nacional que a Aeronáutica vem exercendo com muito empenho e dedicação ao longo destes anos.
Isto é um pouco da história desta grandiosa e honrada corporação que está entre nós há mais de 50 anos e que muito fez e está fazendo por merecer o nosso respeito, carinho e reconhecimento. A Aeronáutica inicia uma fase de grandes esperanças, na reconquista da dignidade operacional há tanto desejada. Nessa tarefa, a Base Aérea de São Paulo quer estar presente, quer contribuir para a escalada, quer preservar a glória de seu passado através do anônimo e silencioso trabalho em prol da Força Aérea e do Brasil.

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