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Belo Horizonte terá o mesmo número de destinos para os EUA que o Rio de Janeiro

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Um fato interessante (e talvez histórico) acontecerá depois que a Eastern Airlines inaugurar seus voos ao Brasil, já que Belo Horizonte e Rio de Janeiro terão o mesmo número de destinos nos EUA.

Divulgação – Eastern Airlines

Algo impensável alguns anos atrás agora poderá tornar-se uma realidade graças aos inesperados planos da Eastern Airlines de operar no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte os voos para três cidades americanas: Miami, Nova Iorque e Boston.

A operação ao Brasil, assim como muitas outras da Eastern na América Latina, tem certamente foco na quantidade de imigrantes que moram nos EUA, principalmente em Massachusetts, onde está Boston, além de Nova Iorque e a Flórida como um todo. E, notadamente, um grande contingente desses imigrantes vem justamente de Minas Gerais.

Os voos se iniciarão no final de março e, até lá, o Aeroporto Internacional do Galeão terá o mesmo números de destinos na América do Norte. Do Rio, saem hoje voos para Miami (retomado pela American), Houston pela United Airlines e, em fevereiro, está previsto o retorno da Delta com voos para o seu mega-hub em Atlanta.

Sem a previsão de volta dos voos de Nova Iorque pela Delta ou de Dallas pela American, a capital fluminense se conectará com o mesmo número de cidades americanas que a capital mineira.

Fantasma no Rio?

Muito disso se deve à crise que tem assolado o Rio de Janeiro nos últimos anos, seja ela fiscal, administrativa e de segurança. Com isso, muitos voos tem se concentrado em Guarulhos, no Estado de São Paulo, além da Azul ter gerado demanda a partir de Viracopos e Belo Horizonte.

A própria TAM, hoje LATAM Brasil, chegou a ter um hub no Galeão, operando voos para Miami, Nova Iorque e cidades europeias, mas ao longo da fusão com a LAN foi saindo do Galeão. Um dos pontos apontados pela Lufthansa para a falência da Varig foi realmente esse: a insistência no aeroporto carioca (não o único, pois houve muitos outros fatores, obviamente).

A disputa pela demanda com o mais bem localizado Aeroporto Santos Dumont também faz com que as empresas não vejam demanda suficiente para criar um hub no Galeão ou até mesmo pelo custo de oportunidade, como foi o caso da Azul que viu em Viracopos uma alternativa viável de operação.

Caso a rota da Eastern se mantenha firme e a Azul volte com os voos para Fort Lauderdale e Orlando, Galeão terá dificuldades de ultrapassar Confins em número destinos americanos.

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