Bitcoin consome mais energia do que a American Airlines

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Uma grande polêmica do mundo digital está nas críticas ao impacto ambiental do Bitcoin, a mais conhecida e comercializada criptomoeda do mundo, quanto ao consumo de energia usado em seu processamento. Um estudo diz que a moeda virtual consome níveis de energia próximos aos de toda a operação da American Airlines e de todo o governo federal dos Estados Unidos, relata o Yahoo Finance

Citando um relatório do Bank of America publicado na última semana, o veículo disse que analistas estimam que um investimento de US$ 1 bilhão na criptomoeda produziria as mesmas emissões de carbono de 1,2 milhão de carros.

O consumo de energia da criptomoeda, que aumentou cerca de 200% nos últimos dois anos, já é semelhante ao da Holanda, República Tcheca e Grécia, aponta o estudo. Grande parte desse consumo vem na China, onde ocorre mais da metade da mineração de Bitcoin do mundo. A mineração no país depende fortemente da eletricidade que vem de usinas movidas a carvão, muitas das quais estão localizadas na província de Xinjiang. 

O lançamento do relatório do Bank of America veio poucos dias depois que o economista Jeffrey Sachs também criticou o Bitcoin em uma conferência, chamando a mineração de Bitcoin de “um desperdício inacreditável de recursos e um desperdício de energia altamente poluente”. 

A mineração de Bitcoins ocorre quando um minerador adiciona um bloco – ou grupo – de transações aprovadas a um blockchain existente. Frequentemente, o minerador deve resolver uma série de equações complexas antes de poder fazer isso. Em troca, o minerador recebe uma série de Bitcoins como recompensa. Como o processo computacional é sofisticado, os mineiros costumam usar hardware que consome uma enorme quantidade de eletricidade. 

Ao observar o efeito da criptomoeda no meio ambiente, o estudo do Bank of America também descobriu que “uma única compra a um preço de $ 50.000 tem uma pegada de carbono de 270 toneladas, o equivalente a 60 carros”.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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