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A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, em inglês) publicou comunicado em que pede às autoridades da aviação do Panamá e da Venezuela para o restabelecimento urgente dos serviços aéreos entre os dois países. Os voos entre os dois países latinos foram suspensos em no último domingo, 13 de dezembro.
A medida foi tomada por iniciativa do governo venezuelano por divergências sobre o número de operações regulares permitidas à Copa Airlines, companhia nacional do Panamá. Segundo o governo panamenho, na sexta-feira, 12 de dezembro, a Venezuela “procedeu cancelamento unilateral, sem prévio aviso e sem justificativa, dos três voos semanais da companhia aérea panamenha”.
A Copa possui, regularmente, três voos semanais entre a Cidade do Panamá e Caracas, capitais dos dois países.
Toma lá, dá cá
A Autoridade de Aviação Civil do Panamá respondeu cancelando o acesso ao Panamá da Laser Airlines e Turpial Airlines, as duas companhias aéreas venezuelanas que voam para o país centro-americano. “Esta interrupção não poderia ter vindo em pior hora. Mesmo antes de a pandemia de COVID-19 chegar à Venezuela, ela já tinha a conectividade aérea internacional muito limitada”, lamenta o vice-presidente regional da IATA para as Américas, Peter Cerda.
Para o executivo da IATA, os voos entre as duas nações latina representam uma tábua de salvação para a Venezuela ao permitir a conexão do país com um hub regional importante.
Consequências Terríveis
“Romper esse vínculo logo antes da temporada de férias e quando a demanda por carga farmacêutica necessária para combater a pandemia estiver em alta, terá consequências terríveis. Os planos de viagem das pessoas serão seriamente prejudicados e muitos ficarão presos, enquanto cargas essenciais não poderão ser transportadas ou serão muito atrasadas ”, disse, Cerda.
A IATA, em comunicado oficial, lembra que organizações globais, como a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir que a aviação possa funcionar com segurança durante a pandemia.
“ O setor de aviação civil está atualmente passando por sua maior crise como resultado direto da pandemia COVID-19. À medida que o serviço aéreo se recupera lentamente em toda a região, colocar quaisquer restrições desnecessárias à aviação durante a fase crucial de reinicialização atrasará a recuperação socioeconômica dos países e da população da região”, disse a organização, em nota.