Gansos são aves de um porte razoável, podem chegar a 1 metro de envergadura e vivem próximos de vários aeroportos nos EUA, de tal modo que ouvir falar sobre colisões (“birdstrikes”) com eles não é algo tão raro assim. No entanto, geralmente esses incidentes são sérios o bastante para comprometer a segurança do voo, como aconteceu com um Boeing 737-900 da Delta.
O incidente foi reportado pelo The Aviation Herald com base no relatório da FAA. Segundo ele, o evento aconteceu no dia 12 de abril, quando uma aeronave de registro N867DN estava pronta para executar o voo DL2049 de San Francisco para Atlanta, onde fica o principal hub da Delta. Após receber autorização do controlador da torre, o Boeing iniciou sua rolagem na pista 01L até que, em certo momento, o motor número dois, localizado sob a asa direita, ingeriu dois gansos.
A colisão resultou nos tradicionais estampidos que são comuns após um “birdstrike” e assustou os passageiros. Como resultado, a tripulação acabou por iniciar imediatamente o procedimento de rejeição da decolagem em alta velocidade (quando a aeronave está acima de 100 nós ainda no solo). Após uma frenagem brusca, a aeronave diminuiu a velocidade e finalmente desocupou a pista cerca de 2150 metros adiante, retornando então ao pátio. Não houve feridos entre os passageiros, apenas as aves foram para um lugar melhor.
Quando tude esteve controlado, a Torre do aeroporto solicitou uma inspeção na pista, tradicional nessas ocasiões, a fim de verificar se havia algum detrito. A empresa aérea decidiu por cancelar o voo e encaminhar a aeronave para uma inspeção. A aeronave já está voando, após dois dias parada.
Por sua vez, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados unidos abriu um processo administrativo, mas anotou que não haveria a necessidade de abertura de um processo de investigação. A análise preliminar da agência americana concluiu que pelo menos dois gansos foram engolidos pelo motor.
