Boeing 737 MAX da American Airlines pousa em emergência com motor apagado

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Um Boeing 737 MAX da American Airlines com destino a Newark (Nova Jérsei) pousou com total segurança, mas não antes do comandante declarar uma emergência após desligar um motor em voo. O problema não está relacionado aos defeitos que contribuíram para a queda de dois jatos MAX com apenas cinco meses de intervalo em 2018 e 2019 e que mataram mais de 300 pessoas.

Tudo aconteceu durante o voo AA-2555 da American, que partiu de Miami na sexta-feira (5) com destino a Newark. A bordo havia 95 passageiros e seis tripulantes. O incidente foi reportado pela agência de notícias Reuters e pela grande imprensa internacional.

Durante a descida e aproximação ao aeroporto de Newark, os pilotos notaram uma luz indicadora de problemas com a pressão do óleo de um dos dois motores e, como medida de precaução, o comandante declarou situação de emergência e desligou o motor impactado pelos 20 minutos finais do voo. Após um pouso seguro, a aeronave taxiou até o portão por meios próprios e foi removida para manutenção.

O sistema de rastreamento de voos RadarBox24 registrou a trajetória do voo, que foi normal em todos os momentos. O jato envolvido tem matrícula N327SK.

Imagem RadarBox24

Embora desligar o motor em voo e pousar em emergência não devam ser consideradas situações “normais”, o problema não tem relação com o sistema MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), que desempenhou um papel de protagonista nos acidentes que fizeram com que as aeronaves do modelo MAX ficassem no solo por quase dois anos.

Sobre isso, o administrador da FAA, Steve Dickson, alertou há vários meses que problemas mecânicos ocorrem ocasionalmente:

“É inevitável que, em algum momento no futuro, um Boeing 737 MAX retorne ao aeroporto de origem, desvie ou pouse em seu destino com um problema real ou suspeito em voo. É muito importante diferenciar esses eventos que podem acontecer com qualquer aeronave e os problemas de segurança agudos que levaram à perda de vidas e encalhe do MAX”, disse.

Enquanto o problemático programa 737 MAX da Boeing recebe um (merecido) escrutínio adicional até que recobre a confiança do público, é natural que até mesmo incidentes como esse recebam a atenção da grande imprensa mundial.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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