Receba as notícias em seu celular, clique para acessar o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.
Pela primeira vez em São José dos Campos um Boeing 777F pousou, realizando o voo mais curto do modelo no país, e para uma missão muito especial.
Foram apenas 18 minutos no ar entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos e o de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. A distância em linha reta entre as duas cidades é de apenas 67 km, fazendo com que seja o voo mais curto já feito no Brasil feito pelo maior bimotor do mundo. O recorde anterior era de diversos voos de translado entre Viracopos e Guarulhos, que distam 83 km entre si.
O translado de hoje foi para buscar em São José dos Campos o satélite Amazônia-1, primeiro fabricado 100% no Brasil e que será lançado na Índia.
Ao todo foram necessários 52 contêineres especiais para transportar com segurança os módulos do satélite, que pesa 638 kg. Em sua jornada, o voo faz uma primeira escala em Dacar, no Senegal, depois faz mais um pouso em Dubai, nos Emirados Árabes. De lá, segue para o destino final em Sriharikota, na Índia. A previsão é que a duração do deslocamento até o destino final seja de aproximadamente 24 horas.
O Amazônia-1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. É um projeto coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI).
“Queria parabenizar a todos que têm trabalhado durante muitos anos neste projeto. Os engenheiros, os técnicos, enfim, todos aqueles que se dedicaram ao desenvolvimento deste satélite. Parabéns ao INPE, parabéns à Agência Espacial Brasileira, vinculados ao MCTI, parabéns a toda a equipe do ministério envolvida no projeto”, afirmou o ministro Marcos Pontes.
A previsão é que o Amazônia-1 seja colocado em órbita terrestre, em fevereiro/2021, pelo lançador PSLV da ISRO (Organização Indiana de Pesquisa Espacial) a partir do Centro de Lançamento Sriharikota, na Índia.
O satélite ficará em uma altura de 700 km e terá a missão de fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica.
Com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas, o Amazônia-1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto, em operação junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A. Este último foi levado no ano passado também de São José dos Campos, porém, por um Boeing 747, como mostramos aqui em primeira mão:
Com informações do INPE e do Ministério da Ciência e Tecnologia