A Boeing entregou recentemente o 1.000º jato do modelo 787, menos de 10 anos após a entrega da primeira aeronave. Isso o tornou o modelo de corpo largo (widebody) a passar mais rápido por esse marco, revela uma análise da Cirium.
Dados da Cirium mostram que a entrega do milésimo 787 foi feita em 21 de abril, um 787-9 para a China Southern Airlines como B-20EH em arrendamento da Air Lease. Das 1.003 entregas concluídas até o final de abril, a variante -9 responde por mais da metade (565 jatos). É também a variante mais popular da carteira, representando dois terços dos 486 pedidos não atendidos.
Se fosse em outros tempos, talvez a fabricante fizesse uma grande festa para celebrar o feito, mas, ao invés disso, ela preferiu ficar em silêncio dessa vez. A Cirium comenta que isso pode ser devido ao fato de a produção do 787 ter sofrido problemas recentes, que resultaram em atrasos nas entregas, além de todo o impacto da pandemia para a fabricante, somado ao tempo que o MAX ficou parado.
A conquista ocorre no momento em que a Boeing fecha a linha em Everett para o 787, e concentra toda a sua montagem final na fábrica em Charleston, Carolina do Sul. A grande tarefa da Boeing agora é limpar o vasto estoque de Dreamliners não entregues. Apenas 11 787s foram entregues nos primeiros quatro meses de 2021, contra uma previsão da Cirium de mais de 80 para o ano inteiro.
O Boeing 747 foi o primeiro widebody a ultrapassar 1.000 entregas, alcançando esse marco após 25 anos de produção. Cinco tipos widebody podem ostentar números de produção de quatro dígitos, os outros sendo o 767 (1.214 entregas), A330 (1.514 entregas), 747 (1.561 entregas) e 777 (1.661 entregas). Este último detinha o recorde anterior, chegando a 1.000 entregas após 18 anos de produção, em 2012.
