Boeing 797: Air Lease espera que Boeing decida em 2019 se lança ou não nova aeronave

O presidente executivo da Air Lease, Steven Udvar-Hazy, diz que a Boeing pode decidir no meio do ano de 2019 se lançaria ou não o modelo 797. Se assim for, o momento pode coincidir com o Paris Air Show. A Air Lease é uma importante companhia de arrendamento de aeronaves, possuindo atualmente mais de 270 aeronaves e mais de 390 encomendas.

Steven Udvar-Hazy, presidente executivo da Air Lease




“No mercado de NMA (New Middle-market Airplane – Nova Aeronave de Mercado intermediário), se a Boeing vai lançar o 797 é uma questão de muitos bilhões de dólares”, diz Steven, acrescentando que neste momento a fabricante norte-americana está avaliando a disponibilidade de motores. “Existem duas opções de motores em potencial. Mas todos nós conhecemos os problemas que a Airbus e a Boeing vêm enfrentando com os novos motores do Max e do Neo, além dos 787”, acrescenta.

E para ele, a Boeing é muito “cautelosa” em uma decisão. “Eles estão tentando entender qual é a demanda real de mercado para esta aeronave e todas as indicações apontam para uma decisão em meados do próximo ano”, diz ele.

O presidente e CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, disse que a Boeing está fazendo um bom progresso no negócio. “Um ponto chave para nós é se podemos fechar este business case (o projeto preliminar do 797) e torná-lo economicamente viável. Estamos fazendo um bom progresso e incentivando este progresso, mas tomaremos a decisão no momento certo”, disse ele na conferência do Morgan Stanley em 12 de setembro.

avião Boeing 797 NMA Jon Ostrower
Boeing 797 – Imagem: Jon Ostrower.

“Estamos projetando para nossos clientes uma entrada em serviço em 2025, por isso estamos fazendo em paralelo um trabalho de redução de risco para proteger o cronograma. Há uma oportunidade de fornecer a nossos clientes uma proposta de valor entre nossas atuais frotas de narrow-body (modelos de corredor único) e wide-body (modelos de corredor duplo). Nós achamos que o mercado existe. Nossa avaliação está nos mostrando cerca de 4.000 a 5.000 aeronaves, e há ótimas discussões com os clientes sobre o que criará valor para eles”, disse Muilenburg.

Além da viabilidade da aeronave em si, os serviços da divisão pós-mercado Boeing Global Services são uma parte cada vez mais importante da equação.

“É uma grande parte de como estamos olhando para esse futuro avião. Não só estamos olhando para o valor presente líquido do próprio avião de forma tradicional, mas também, com os investimentos que estamos fazendo em serviços na cadeia vertical, como isso cria um valor de ciclo de vida que pode ser considerado negócio integrante do projeto”, disse Muilenburg. “E é uma maneira diferente de olhar para um futuro sistema. Então, novamente, continuaremos a fazer nosso trabalho. Nós seremos muito disciplinados. Tomaremos uma decisão baseada em bons negócios e que criará valor para os clientes.”

 
Com informações do Leeham News.
 

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Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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